Agência Fapesp - 11/04/2011
Uma alternativa para aumentar o rendimento dos biocombustíveis só pode ser vista com poderosos microscópios.
São, nanopartículas, cujas dimensões estão na casa dos bilionésimos de metro.
Alumínio no biodiesel
Um novo estudo feito por cientistas indianos demonstrou que a adição de nanopartículas de óxido de alumínio é capaz de melhorar o rendimento e a combustão do biodiesel.
Outra vantagem é a menor emissão de poluentes.
O óxido de alumínio (Al2O3), também conhecido como alumina, é o principal componente da bauxita, o mineral do qual o alumínio é extraído.
De acordo com o estudo, o resultado se deve à elevada proporção entre superfície e volume apresentada pelas nanopartículas, cujo diâmetro médio é de 51 nanômetros.
Isso resulta em mais superfícies reativas, permitindo que as nanopartículas atuem mais eficientemente como catalisadores químicos, aumentando a combustão.
A presença das nanopartículas também aumenta a mistura entre combustível e ar, levando a uma queima mais eficiente.
Nanopartículas no biocombustível
Os pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia de Tiruchirappalli, na Índia, usaram inicialmente um agitador mecânico para criar uma emulsão que consistia de biodiesel de pinhão-manso (Jatropha curcas), água e um surfactante, misturados com diferentes proporções de nanopartículas de óxido de alumínio.
Segundo os cientistas, além de melhorar o rendimento em comparação com o biodiesel comum, a mistura resultou na emissão de quantidades significativamente menores de óxido de nitrogênio e de monóxido de carbono.
Os pesquisadores indianos agora estão testando outros tipos de nanopartículas e nanotubos de carbono, além de investigar os efeitos dos aditivos microscópicos na lubrificação e nos sistemas de resfriamento dos motores.