Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/03/2015
Nitrofulereno
Uma equipe brasileira e norte-americana, envolvendo pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), conseguiu criar "nanobombas" capazes de explodir e destruir seu entorno.
A ideia proposta pela equipe é que, no futuro, esses minúsculos explosivos possam ser aplicados em tumores e, acionados por luz, explodam para destruir as células de câncer, substituindo os tratamentos químicos dos remédios por tratamentos físicos bem mais radicais.
Como cada nanobomba é várias vezes menor do que uma célula, sua capacidade de destruição é bastante localizada.
Vitaly Chaban e seus colegas criaram a nanobomba no interior de um fulereno, uma molécula de carbono 60 mais conhecida como buckyball.
Para transformar o C60 em bomba, ele acrescentou 12 moléculas de ácido nítrico ao fulereno, criando um nitrofulereno (C60(NO2)12).
Para fazer a nanobomba explodir basta aquecê-la, o que pode ser feito com luz infravermelha ou com um laser.
Em alguns picossegundos a molécula se desintegra, elevando a temperatura ao seu redor a milhares de graus, por um período muito curto.
Segundo a equipe, a explosão é gerada pela quebra das ligações de carbono da molécula C60, que, com o calor, separam-se para se ligar ao oxigênio do óxido nítrico. A reação libera CO2.