Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/07/2008
Carbono 60
Pesquisadores da Universidade de Surrey, no Reino Unido, descobriram um método para fabricar a molécula de Carbono 60 (C60) de forma controlada e gerando cristais homogêneos, um avanço que deverá viabilizar a utilização prática deste que é um dos mais promissores materiais da nanotecnologia.
A molécula C60 é um fulereno, também conhecida como buckyball, e já se conhecem as vantagens desse nanomaterial que é mais resistente que o aço e mais duro do que o diamante em aplicações que vão desde o armazenamento de hidrogênio até a fabricação de transistores orgânicos de alto desempenho.
Até agora, porém, esses experimentos eram feitos apenas em escala de laboratório porque os cientistas não sabiam como produzir moléculas de C60 em larga escala e sem defeitos.
Revendo a teoria
A técnica consiste na mistura de dois líquidos, um dos quais contém moléculas de C60, a baixa temperatura. Como resultado são gerados cristais de carbono puro formados inteiramente por estas moléculas quase-esféricas medindo 80 nanômetros de diâmetro.
Além dos efeitos práticos, a pesquisa também vai exigir que sejam refeitos os modelos teóricos de crescimento dessas moléculas, já que os cientistas acreditavam até agora que elas somente seriam produzidas com dimensões ao redor dos 400 nanômetros.
Inúmeras aplicações
O processo de fabricação tem alto rendimento e o formato dos cristais pode ser controlado variando-se o solvente, a concentração e a temperatura da reação.
Isto permite a fabricação de cristais que poderão revolucionar a fabricação de células solares, transistores, sensores de gás, diodos e fotodetectores. Estas e várias outras tecnologias deverão ter um impulso com a possibilidade de fabricação das buckyballs em larga escala.
Outro material promissor, os nanotubos de carbono, ainda estão na dependência da descoberta de um método como este para que eles possam ser utilizados em larga escala.