Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/11/2012
Decisões compartilhadas
A entidade é pouco conhecida dos bilhões de pessoas que usam a internet diariamente.
Seu nome é ICANN, sigla em inglês para Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet, sediada em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Seu atual presidente, Fadi Chehadé, é o primeiro não norte-americano a ocupar o cargo - ele é libanês.
Chehadé esteve em São Paulo para conhecer o modelo brasileiro de gestão da internet, coordenado pelo CGI.br, coordenador pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com participação de representantes da comunidade acadêmica, do empresariado e do terceiro setor.
E, segundo o executivo, o modelo brasileiro de gestão da internet será líder mundial no futuro próximo.
"Se o que tenho visto e aprendido aqui for verdade, vou ser o melhor amigo e maior fã desse modelo. Temos que levá-lo para o mundo", disse.
Internacionalização da gestão da internet
Chehadé relatou que está começando uma nova era na ICANN, na qual a prioridade será a internacionalização dos processos e decisões que afetam o mundo.
À frente de uma organização muitas vezes criticada pelo excesso de tradicionalismo, ele garante: "O conselho está profundamente comprometido com a proposta de uma internacionalização verdadeira, diferente daquele modelo dos anos 50, em que o simples fato de operar em outros países definia uma ação internacional".
Uma das medidas será a abertura de um escritório no Brasil. "Será muito mais que uma unidade fora de Los Angeles", comentou.
Modelo brasileiro de gestão da internet
Na opinião do dirigente, uma das razões pelas quais o modelo brasileiro ainda não foi descoberto por outros países é o fato de não haver um paralelo.
"Não temos como contrastar com outras experiências. A Nova Zelândia, por exemplo, estava tendo brigas internas enormes até bem pouco tempo atrás, justamente porque não possui algo assim, capaz de incluir os diversos segmentos", exemplifica.
Chehadé diz que a primeira realização de sua gestão será "quebrar o centro de gravidade das decisões", que hoje está na cidade californiana, nos Estados Unidos. "Vamos expandi-lo."
"Seremos como procuradores do modelo brasileiro no cenário internacional. Simplesmente, porque é a coisa certa a fazer", concluiu o executivo.