Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/12/2008
Até o século XIX, os astrônomos acreditavam que ela era uma estrela gigantesca. Foi então que John Frederick William Herschel, filho do descobridor do planeta Urano, finalmente conseguiu comprovar que Ômega Centauro era um aglomerado globular de estrelas.
Agora os astrônomos do Observatório La Silla, localizado no Deserto do Atacama, no Chile, fizeram a mais precisa imagem desse aglomerado, que acredita-se conter até 10 milhões de estrelas. Ou seja, apesar de ser observada desde a Antigüidade, ninguém até hoje havia visto Ômega Centauro com toda essa magnitude.
Aglomerados globulares são os mais antigos grupos de estrelas encontrados nos halos que circundam galáxias do tipo da Via Láctea. Os astrônomos calculam que Ômega Centauro tenha 12 bilhões de anos de idade.
Contudo, hoje os astrônomos já acreditam que Ômega Centauro não constitui um aglomerado estelar comum, mas pode ser o remanescente de uma outra galáxia que se chocou com a Via Láctea. Essa hipótese foi levantada a partir de descobertas recentes, feitas com a utilização do Telescópio Hubble.
A primeira dessas descobertas é que as estrelas no centro de Ômega Centauro giram rápido demais, o que seria a demonstração de que há um pequeno buraco negro em seu centro. Esse buraco negro teria uma massa equivalente à massa de 40.000 sóis.
Outra evidência para suportar a hipótese de que o aglomerado seria uma minigaláxia é que ela é formada por estrelas de várias idades - são várias gerações de estrelas reunidas. Isto é totalmente inesperado para um aglomerado globular típico, que contém estrelas formadas todas na mesma época.
A minigaláxia Ômega Centauro situa-se a apenas 17.000 anos-luz da Terra e mede 150 anos-luz de diâmetro.