Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/05/2009
Engenheiros da Universidade de Waterloo criaram o primeiro microrrobô voador capaz de manipular objetos em microescala, permitindo que se leve a precisão da manipulação robótica para objetos que são pequenos demais para serem posicionados diretamente por seres humanos.
Voando com levitação magnética
O microrrobô não voa como um avião. Na verdade ele flutua, por meio de um processo conhecido como levitação magnética. Seu movimento é controlado à distância, com altíssima precisão, por meio de um feixe de raio laser.
O minúsculo robô voador insere-se na categoria dos MEMS - sistemas microeletromecânicos. Suas minúsculas garras podem ser usadas para capturar e transportar objetos em escala microscópica, liberando-os nos locais desejados.
Graças à levitação magnética, o microrrobô pode ser posicionado no espaço tridimensional por meio da atuação de um campo magnético externo. O mecanismo controla o campo utilizando utilizando o feedback de sensores.
Micromanipulação
A altíssima precisão alcançada no seu posicionamento pode ser alcançada porque ele não depende de fios ou braços externos para sua alimentação e seu movimento. Da mesma forma, como ele é controlado por um campo magnético externo, ele não precisa levar baterias.
Quando totalmente desenvolvido, o robô voador poderá ser usado no campo da micromanipulação, uma técnica que permite o posicionamento preciso de micro-objetos e que tem aplicações desde a montagem de outros MEMS até a manipulação de amostras biológicas, principalmente para observações em microscópios.
Microgarras
As pequenas dimensões do microrrobô e a precisão de seu posicionamento exigem um ambiente limpo para funcionar, sem a presença de grãos de poeira que possam desviá-lo de seu curso.
"Nós somos os primeiros no mundo a fazer um robô voador dotado de microgarras. Ele entra em virtualmente qualquer espaço e pode ser operado no interior de uma câmara lacrada, o que o torna útil para a manipulação de materiais perigosos, para trabalhar em câmaras de vácuo e em salas limpas," explica o professor Behrad Khamesee, um dos criadores do microrrobô voador.