Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/08/2013
Micro Lisa
Para apreciar essa obra de arte você vai precisar de um bom microscópio.
Keith Carroll e seus colegas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, produziram uma reprodução do quadro mais famoso do mundo, a Mona Lisa, com apenas 30 micrômetros de largura.
Ela é ainda menor do que a microfotografia que lançou a ideia de uma tecnologia para guardar todo o conhecimento humano.
A reprodução dessa "Micro Lisa" foi possível graças a uma técnica que permite variar a concentração superficial de moléculas com uma precisão muito grande.
A imagem foi criada pixel por pixel, usando um microscópio de força atômica, um processo chamado Nanolitografia Termoquímica e muita paciência.
Cada pixel foi impresso posicionando a ponta aquecida do microscópio para induzir reações químicas controladas. Variando apenas o calor da ponta, Carroll controlava o número de moléculas criadas em cada ponto.
Onde era aplicado mais calor geravam-se os tons de cinza mais claros. Menos calor produzia os tons mais escuros. Cada pixel está separado dos vizinhos por apenas 125 nanômetros.
Gradientes químicos
A geração de gradientes químicos é um grande desafio, não existindo técnicas de alta produtividade para trabalhar em escalas micrométricas ou menores.
"Vislumbramos que essa técnica seja capaz de gerar gradientes com outras propriedades físicas ou químicas, tais como a condutividade do grafeno," disse Jennifer Curtis, orientadora do trabalho.
"Esta técnica deverá viabilizar uma vasta gama de experimentos até agora irrealizáveis em campos tão diversos quanto nanoeletrônica, optoeletrônica e bioengenharia," prevê Curtis.
Para viabilizar isto, a equipe pretende agora construir um aparato para o microscópio eletrônico com várias pontas, para acelerar o processo de fabricação.