Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/07/2010
Microconcurso
O menor tabuleiro de xadrez do mundo, com um diâmetro equivalente a quatro fios de cabelo humano, e uma microbarbearia, do tamanho de um grão de ervilha, mas desenvolvida para cortar um único fio de cabelo.
Estes foram os vencedores do concurso de sistemas microeletromecânicos (MEMS), as menores máquinas funcionais que se pode construir com a nanotecnologia. O concurso foi realizado no Laboratório Nacional Sandia, nos Estados Unidos.
Microtabuleiro de xadrez
O microtabuleiro de xadrez, criado por alunos da Universidade Texas Tech, vem com micropeças nas quais estão gravadas as figuras do xadrez tradicional. Cada peça é equipada com saliências, que permitem que um braço microrrobótico possa movê-los de uma casa para outra.
Há ainda um espaço ao longo das laterais do tabuleiro para prender as peças capturadas, também levadas para lá pelo braço microrrobótico.
O micro tabuleiro de xadrez mede 435 por 435 micrômetros de diâmetro - um fio de cabelo humano típico tem cerca de 100 micrômetros de diâmetro. Cada peça de xadrez mede 50 micrômetros, ou metade da largura do cabelo humano.
O tabuleiro contém motores lineares bidirecionais, que permitem a circulação de peças longitudinalmente e o mecanismo de posicionamento, com dois graus de liberdade - observe na figura, acima e à direita do tabuleiro.
Microbarbearia
A microbarbearia foi projetada por estudantes da Universidade de Utah para cuidar de um único fio de cabelo. O ambiente contém uma microgarra, para segurar o cabelo, um cortador, um espelho móvel e um secador, tudo funcional.
"Nosso aparelho é tão pequeno que uma única gota de neblina pode travar a tesoura e parar todo o dispositivo," contou Ian Harvey, professor de engenharia mecânica que coordenou a construção da micromaquinaria.
Durante a competição, todos os participantes tiveram que colocar seus equipamentos para funcionar. A apresentação foi acompanhada em um telão, que mostrava as imagens captadas por um microscópio.
Micromáquinas na prática
Apesar das máquinas curiosas, o objetivo da competição é dar aos pesquisadores uma oportunidade para aprimorar os equipamentos usados para fabricá-las.
Dispositivos dessas dimensões já são utilizados para estudar células e manipular nanopartículas em laboratório, assim como já equipam equipamentos médicos de alta tecnologia e até aparelhos pessoais, como o iPhone.