Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/02/2013
Planetas anões?
O telescópio espacial Kepler descobriu um novo sistema planetário que é o lar do menor planeta já encontrado ao redor de uma estrela similar ao nosso Sol.
A estrela, por enquanto conhecida como Kepler-37, está aproximadamente a 210 anos-luz de distância, na constelação da Lira.
A ilustração acima compara as dimensões do menor exoplaneta descoberto até agora com a Lua e com os planetas do Sistema Solar.
O diminuto exoplaneta, chamado Kepler-37b, é um pouco maior do que a nossa Lua, medindo cerca de um terço do tamanho da Terra.
O Kepler-37c, o segundo planeta, é um pouco menor do que Vênus, medindo quase três quartos do tamanho da Terra.
Já o Kepler-37d, o terceiro planeta do sistema, tem o dobro do tamanho da Terra.
Ano curto
Não são apenas os exoplanetas que são pequenos: um ano nesses planetas também é muito curto.
O Kepler-37b orbita sua estrela a cada 13 dias, a uma distância menos de um terço da distância de Mercúrio até o Sol. Os outros dois planetas, Kepler-37c e Kepler-37d, orbitam sua estrela a cada 21 dias e 40 dias, respectivamente.
Todos os três planetas têm órbitas menores do que a distância de Mercúrio ao Sol, sugerindo que eles são muito quentes.
A estrela hospedeira, Kepler-37, pertence à mesma classe do nosso Sol, embora seja um pouco menor e mais fria.
Astrossismologia
É necessário saber o tamanho da estrela a fim de medir o tamanho dos seus planetas com precisão.
Para ter esta e outras informações, os cientistas examinaram as ondas sonoras geradas pelo movimento de ebulição abaixo da superfície da estrela.
Eles investigaram a estrutura interior da Kepler-37 como os geólogos usam as ondas sísmicas geradas por terremotos para estudar a estrutura interior da Terra - esse ramo incipiente da ciência é chamado de astrossismologia.
As ondas sonoras viajam pela estrela, trazendo informações até a superfície.
As ondas causam oscilações que o telescópio captura como uma rápida oscilação no brilho da estrela. Como os sinos de um campanário, as estrelas menores "tocam" em tons mais altos, enquanto as estrelas maiores oscilam em tons mais baixos.
As oscilações de alta frequência, quase imperceptíveis, no brilho das estrelas pequenas são naturalmente as mais difíceis de medir. É por isso que a maioria dos corpos celestes submetidos à análise astrossísmica até agora é maior do que o Sol.