Membrana plástica é capaz de filtrar moléculas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/12/2007

[Imagem: CSIRO]

Ao fazer café, você quer que as partículas grandes do pó sejam retidas pelo filtro. As micropartículas, contudo, devem passar, sob pena de você ter do outro lado nada além de uma água pura, e não um café quentinho.

Membranas

A nanotecnologia tem exigências mais estritas. Os pesquisadores já chegaram a um ponto em que é necessário reter moléculas grandes e deixar passar apenas moléculas pequenas. Neste nível já não se fala mais em filtros, mas em membranas.

Uma equipe de pesquisadores coreanos e australianos, trabalhando conjuntamente, conseguiu construir uma membrana com poros que são capazes de reter as moléculas de metano, que são relativamente grandes, e deixar passar apenas as moléculas de dióxido de carbono, que são bem menores. A separação do dióxido de carbono do metano é importante no processamento do gás natural e na recuperação de gases causadores do efeito estufa em aterros sanitários.

Formato dos poros

O segredo da eficiência desta nova membrana está não apenas nas minúsculas dimensões dos seus poros, mas também no formato desses poros. O formato de ampulheta consegue separar as moléculas mais rapidamente e gastando menos energia do que outros formatos.

A idéia foi retirada das plantas, onde poros nesse formato, chamados aquaporinas, conduzem as moléculas de água seletivamente para dentro e para fora das células e impedem a passagem de moléculas maiores, como as de sal.

Meio ambiente e novas energias

As membranas estão se tornando cada vez mais importantes - elas são um elemento essencial das células a combustível, por exemplo. E deverão se tornar elementos tecnológicos essenciais nas usinas a carvão não-poluentes, na purificação da água e na geração de energia a partir do hidrogênio.