Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/02/2018
Simulação do Universo
Saíram os resultados da maior simulação do Universo já feita, que utilizou novos métodos computacionais em relação às simulações feitas anteriormente.
A simulação cobre uma porção do Universo equivalente a um cubo medindo 1 bilhão de anos-luz de aresta - o cubo da maior simulação anterior tinha 350 milhões de anos-luz. Foram utilizados 24.000 processadores rodando continuamente durante dois meses, resultando em mais de 500 terabytes de dados.
A nova ferramenta, batizada de IllustrisTNG, congrega novas informações sobre como os buracos negros influenciam a distribuição da matéria escura - se é que ela existe mesmo -, como os elementos químicos pesados são produzidos e distribuídos em todo o cosmos e onde os campos magnéticos se originam.
"Quando nós observamos as galáxias usando um telescópio, só podemos medir determinadas quantidades," explica Shy Genel, do Flatiron Institute, nos EUA . "Com a simulação, podemos rastrear todas as propriedades para todas essas galáxias. E não apenas como a galáxia se parece agora, mas toda a sua história de formação."
Isso pode mostrar como as galáxias evoluem, dando ideias, por exemplo, de como a Via Láctea era quando a Terra se formou e como nossa galáxia poderá mudar no futuro.
Outro ganho foi a possibilidade plotar todas as observações sobre os campos magnéticos em larga escala que permeiam todo o Universo.
Ao reunir todo o conhecimento atual, as simulações permitem avaliar novas medições experimentais à medida que elas são realizadas. O inconveniente, claro, é que as simulações sempre se baseiam nas teorias e modelos atuais do Universo, enquanto dados observacionais podem questionar e alterar essas teorias e modelos.