Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/04/2014
Conversão optomagnética
A eletrônica orgânica, ou eletrônica de plástico, promete aparelhos flexíveis, telas de enrolar, e tudo muito mais barato do que os eletrônicos de silício.
Contudo, ainda há desafios a vencer, entre os quais a grande quantidade de energia exigida para ler as informações gravadas nos eletrônicos de plástico.
Agora, Ferran Macià e seus colegas da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de acoplar luz e magnetismo usando um aparato tão simples quanto um LED.
Desta forma, o dado gravado magneticamente pode ser lido com luz, gastando uma fração da energia usada hoje para lê-lo com uma cabeça de leitura magnética ou para fazer a conversão optomagnética do jeito tradicional.
Maciá descobriu uma forma de efetuar a transdução de informação (sua transferência e conversão de uma forma em outra) entre um ímã e um LED orgânico à temperatura ambiente e sem fluxo de corrente elétrica entre o ímã e o dispositivo orgânico.
"Os campos magnéticos do dispositivo de armazenamento magnético modificam diretamente a emissão de luz do LED. Isso pode ajudar a resolver os problemas de armazenamento e comunicação dos novos tipos de computadores de baixo custo e baixo consumo de energia baseados nos plásticos condutores," avalia o professor Markus Wohlgenannt, um dos coordenadores do grupo.
Embora seja relativamente barato e fácil codificar informações em luz para transmissão por fibras ópticas, o armazenamento de dados é feito de forma mais eficiente usando o magnetismo, o que assegura que a informação vai sobreviver durante anos sem qualquer energia adicional.
Isso vem sendo feito de forma cada vez mais eficiente nos chips à base de silício, mas até agora não havia uma forma de fazer o mesmo com os componentes eletrônicos de plástico.