Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/08/2015
Polaritons
A capacidade de capturar e aprisionar a luz pode resultar não apenas em memórias ópticas e processadores fotônicos, mas também em lentes perfeitas, capazes de gerar imagens sem qualquer distorção.
É por isso que está causando tanto entusiasmo a descoberta de Zhiyuan Sun e seus colegas da Universidade da Califórnia em San Diego.
Sun descobriu que nanocristais de nitreto de boro conseguem aprisionar a luz.
Na forma de polaritons - ondas que se comportam como quasipartículas - a luz se propaga ao longo de ângulos precisos na estrutura atômica do material.
A novidade é que a luz de cores específicas não escapa rapidamente, formando circuitos fechados, orbitando continuamente os nanocristais.
Luz presa no cristal
O fenômeno significa que essas quasipartículas de luz, conforme se propagam entre os nanocristais, desobedecem as leis tradicionais da reflexão.
Mas elas também não seguem rotas aleatórias: os polaritons se propagam ao longo de ângulo fixos com relação à estrutura atômica hexagonal dos cristais.
Quando a luz na frequência correta é disparada no cristal, formam-se "pontos quentes", locais onde emergem campos elétricos muito mais fortes do que aqueles formados com a luz de outras frequências.
Os pesquisadores ainda estão procurando formas para tirar proveito da luz aprisionada, mas eles acreditam que a técnica permitirá a criação de nanorressonadores para imageamento espectral e filtros de cores de alta resolução, hiperlentes para imageamento subdifracional e fontes fotônicas.