Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/01/2009
Uma substância barata e disponível industrialmente, utilizada na composição de bronzeadores e medicamentos para a pele, serve também para emitir uma luz branca brilhante, agradável ao olho humano e adequada para iluminar qualquer tipo de ambiente.
Luz de óxido de zinco
A substância é o óxido de zinco. A equipe do professor Henry Everitt, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, descobriu como utilizar o óxido de zinco para converter a luz ultravioleta, que é invisível aos olhos humanos, em uma luz branca de alta qualidade.
O resultado é uma fonte de luz de estado sólido, como os LEDs, energeticamente muito mais eficiente do que as lâmpadas fluorescentes e fluorescentes compactas (PL) atuais.
"Nosso objetivo é ajudar a fabricar lâmpadas de estado sólido com características melhores do que as atuais fluorescentes," diz o professor Everitt.
Convertendo luz ultravioleta em luz visível
Os pesquisadores estão produzindo luz branca centrada na parte verde do espectro eletromagnético aplicando um composto à base de enxofre sobre um preparado feito com nanopartículas de óxido de zinco e de fósforo.
O fósforo converte as freqüências excitadas de um LED que emite luz na faixa do ultravioleta em uma luz branca e brilhante.
Luz de leitura
O que mais está entusiasmando os pesquisadores é que a luz branca produzida com dopagem do enxofre e do fósforo com as nanopartículas de óxido de zinco é que a luz branca é do tipo "luz de leitura," o tipo de luz que melhor sensibiliza nossa retina. Os LEDs brancos atuais ainda não são capazes de produzir luz branca com esta qualidade.
Os protótipos de lâmpada de estado sólido apresentam eficiência de 80%. Mas ainda restam desafios técnicos a serem vencidos antes que o óxido de zinco possa se transformar na base das lâmpadas do futuro. O principal deles é a temperatura de operação do composto, ainda muito elevada.