Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/11/2013
Trocar os próprios ossos por ossos de liga leve - seja para ficar mais forte ou para perder peso - ainda não é uma opção, mas é uma proposta que certamente encontraria adeptos.
Na prática, contudo, as pessoas que recebem implantes e pinos sabem bem dos inconvenientes desses "invasores metálicos" - inconvenientes que vão das dores nas mudanças de estação até ficar travado na porta dos bancos.
Felizmente a solução - para os implantes médicos, mas não para os candidatos a biônicos - está a caminho, graças ao trabalho de Pil-Ryung Cha e seus colegas do Instituto de Ciência e Tecnologia da Coreia (KIST).
O grupo desenvolveu uma liga de magnésio biodegradável e bioabsorvível.
O material é absorvido pelo corpo em um período que varia de 6 meses a 2 dois anos, dependendo das dimensões do implante.
A liga biodegradável será utilizada sobretudo no tratamento de fraturas, dispensando cirurgias adicionais para retirada de parafusos e suportes.
Os pesquisadores já fabricaram vários tipos de implantes, que se mostraram mecanicamente adequados para suportar as cargas necessárias até que os ossos se recomponham.
Testes clínicos em pacientes estão em andamento na Universidade Ajou, também na Coreia do Sul.
Segundo os pesquisadores, "o coração da tecnologia está na combinação de potenciais entre a matriz estrutural do metal e os agentes secundários na estrutura da matriz, de forma a superar a limitação fundamental dos materiais metálicos, que é a rápida degradação."
Usando essa tecnologia, "podem ser desenvolvidos novos materiais inovadores, como ligas metálicas com segundos e terceiros elementos adicionais, mantendo a natureza eletroquímica do metal puro," concluem eles.