Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/04/2015
O Grande Colisor de Hádrons (LHC) foi religado, com prótons circulando no túnel de 27 km do acelerador pela primeira vez desde 2013.
A parada técnica foi feita para uma atualização tecnológica, na tentativa de alcançar os níveis de energia previstos em seu projeto inicial.
Quando ficou pronto, em 2009, o maior laboratório já construído pelo homem teve problemas de curtos-circuitos em seus magnetos supercondutores.
Mesmo depois dos consertos, ficou claro que não seria seguro atingir as energias de 14 teraelétron-Volts (TeV) previstas no projeto inicial. O resultado é que, desde então, o LHC operou com apenas metade da energia prevista inicialmente.
Mas isso não impediu que o experimento detectasse o Bóson de Higgs, uma das últimas peças que faltavam para completar o chamado Modelo Padrão da física.
Acelera LHC
Agora, com a atualização tecnológica, a expectativa é que o acelerador possa atingir pelo menos 13 TeV, aproximando-se da sua meta inicial.
Para os supersticiosos, as expectativas são boas: da mesma forma que no acionamento inicial, o religamento do LHC apresentou problemas também desta vez, com um curto-circuito atrasando o início dos experimentos em algumas semanas - se, daquela vez, ele revelou o Bóson de Higgs, agora espera-se que ele revele algo mais.
Na verdade, há um certo desconforto entre os físicos, que esperavam que este que é o maior e o mais caro experimento científico da história trouxesse alguma novidade que fosse além das teorias físicas atuais - a tão esperada "Nova Física".