Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/03/2012
Luz para a medicina
Uma equipe internacional de pesquisadores desenvolveu uma técnica para fabricar LEDs inorgânicos que geram luz na faixa do ultravioleta.
Este era um avanço longamente esperado devido ao seu potencial para a construção de equipamentos biomédicos e sensores ambientais com componentes ativos.
Os LEDs, ou diodos emissores de luz, têm grande potencial em aplicações biomédicas e diretamente na medicina, como vêm demonstrando as chamadas terapias fotodinâmicas.
Eles poderiam ser ainda mais úteis no interior de plataformas miniaturizadas de exames médicos, como os microlaboratórios ou biochips, ou mesmo como fontes de luz que possam ser implantadas no corpo humano para acionar reações fotoquímicas, ativando medicamentos, por exemplo.
Mas tudo isso vinha sendo adiado pela dificuldade em construir LEDs inorgânicos miniaturizados que fossem capazes de emitir luz ultravioleta.
LEDs ultravioleta
Agora, Sergio Brovelli, do Instituto Nacional Los Alamos (EUA), juntamente com colegas italianos da Universidade de Milão, desenvolveram uma técnica que resulta em LEDs ultravioleta miniaturizados, robustos, quimicamente estáveis e que podem ser produzidos a baixo custo.
Usando vidro como material básico, os pesquisadores obtiveram LEDs ultravioleta eletroluminescentes que são quimicamente inertes e mecanicamente estáveis, permitindo seu uso nos ambientes biológicos, normalmente muito agressivos para componentes metálicos e eletrônicos em geral.
Nos LEDs tradicionais, a emissão de luz ocorre na interface entre dois semicondutores. No LED ultravioleta, foi adotada uma abordagem diferente, do tipo óxido sobre óxido.
A parte ativa do componente consiste de nanocristais de dióxido de estanho cobertos com uma camada de monóxido de estanho, tudo incorporado em vidro comum.
A resposta elétrica do LED ultravioleta pode ser ajustada variando a espessura de cada uma das camadas.