Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/07/2012
Papel luminoso
Já pensou em acender a cortina, em vez de abri-la? Ou mudar o brilho e a cor do seu papel de parede? Ou acender o teto inteiro, em vez de apenas uma lâmpada?
Estas são as propostas agora tornadas realidade pelo trabalho do paquistanês Gul Amin, atualmente na Universidade Linkoping, na Suécia.
Ele desenvolveu uma técnica que permite que LEDs brancos sejam fabricados diretamente sobre papel ou outras fibras.
Os nanoLEDs, que emitem uma luz branca muito pura, foram construídos com minúsculas barras de óxido de zinco, depositadas juntamente com um polímero condutor, diretamente sobre uma folha de papel.
O pesquisador demonstrou também que é possível fabricar os nanoLEDs por impressão. Nesse experimento, ele usou um papel de parede comum.
LEDs de óxido de zinco
Ao descobrir que nanofios de óxido de zinco poderiam emitir luz, pesquisadores criaram recentemente uma nova categoria de LEDs, ainda menores e mais eficientes que os LEDs comuns.
Amin e seu colega Naved ul Hassan Alvi estavam pesquisando várias técnicas para cultivar diferentes nanoestruturas de óxido de zinco sobre diferentes materiais.
O papel mostrou-se um substrato perfeito, além de abrir caminho para uma grande variedade de aplicações práticas imediatas.
O papel deve ser inicialmente recoberto com uma camada protetora muito fina de uma resina chamada cicloteno, tornando-se impermeável.
A seguir são depositados os componentes ativos, uma malha de nanofios de zinco, dispersos em uma fina camada do polímero PFO (polidietilfluoreno).
Métodos químicos
A técnica foi patenteada e já está licenciada para uma empresa criada por seu professor, Magnus Willander.
"Esta é a primeira vez que alguém foi capaz de construir componentes semicondutores fotônicos inorgânicos diretamente sobre papel usando métodos químicos," disse o cientista-empresário.