Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/01/2018
célula eletroquímica emissora de luz
As LECs - Light Emitting electrochemical Cells, ou células eletroquímicas emissoras de luz - chegaram há menos de dois anos prometendo uma alternativa mais barata e mais flexível aos LEDs e mesmo aos OLEDs.
Uma LEC é um componente de estado sólido que transforma eletricidade em luz usando um semicondutor orgânico - ou polimérico, à base de carbono.
Ela se diferencia dos OLEDs - LEDs orgânicos - porque apresenta também uma corrente iônica, é menos dependente dos eletrodos e funciona em tensões menores.
Além disso, essas células eletroquímicas são finas, flexíveis e leves e podem ser fabricadas para emitir essencialmente qualquer cor. Elas também prometem ter um custo extremamente baixo, já que podem ser fabricadas por métodos de impressão rolo a rolo - a forma como os jornais são impressos.
Candelas
O esforço vinha se concentrando em aumentar a eficiência das LECs na emissão de luz, além de sua durabilidade.
Foi o que conseguiram Shi Tang e seus colegas das universidades de Umea e Linkoping, na Suécia.
A LEC construída pela equipe atingiu uma eficiência recorde de luminosidade de 27,5%.
Os protótipos apresentaram um brilho de 2.000 cd/m2 (candela por metro quadrado).
"Como ponto de referência, uma TV normal funciona entre 300 a 500 cd/m2, enquanto 2.000 cd/m2 é o brilho típico de um painel de iluminação OLED. No que diz respeito à eficiência, o nosso dispositivo LEC está próximo das lâmpadas fluorescentes comuns," disse o professor Ludvig Edman.
A equipe acredita que, com esses indicadores, a tecnologia das células eletroquímicas emissoras de luz tem tudo para passar do laboratório para a aplicação prática.