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Itaipu inaugura primeira fábrica brasileira de biometano

Com informações da Agência Brasil - 06/06/2017

Itaipu inaugura primeira fábrica brasileira de biometano
Itaipu Binacional inaugura planta de produção de biometano com uso de mistura de esgoto, restos orgânicos de restaurantes e poda de grama.
[Imagem: Itaipu]

Biometano

A Itaipu Binacional inaugurou a primeira planta de produção de biometano, gás não poluente, com características similares às do gás natural.

O biometano resulta da purificação do biogás, obtido a partir de mistura de esgoto, restos orgânicos e poda de grama. Serão utilizados para a produção do biometano na fábrica, mensalmente, 10 toneladas de restos de alimentos e resíduos orgânicos e 30 toneladas de poda de grama.

Esse processo para obtenção do biogás substitui o processo usado normalmente com dejetos de animais. De acordo com a empresa, essa será a primeira unidade de fabricação de biogás desse tipo no Brasil.

A fábrica recebeu investimento de R$ 2,16 milhões e tem capacidade de produção de 4 mil metros cúbicos de biometano por mês. A fábrica, construída entre 2015 e 2016, começou operando com um quinto da capacidade, em caráter experimental.

"Essa é uma usina de última geração em termos de produção de biogás. Serve para a gente desenvolver o domínio de tecnologias, de sistemas, coisas que nos permitam apoiar outras iniciativas na região", afirmou o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Paulo Afonso Schmidt.

Veículos a biometano

A produção de biometano da fábrica será destinada ao abastecimento de veículos. Essa produção é suficiente para 80 a 100 veículos que rodem em média 800 quilômetros mês. Atualmente, 70 veículos da frota de Itaipu são abastecidos com biometano.

No final de 2014, a Itaipu integrou à sua frota veicular o primeiro carro movido a biometano, usado pela Superintendência de Energias Renováveis da usina.

Atualmente, o gasto por quilômetro rodado alcança R$ 0,26, contra R$ 0,36 o custo por quilômetro rodado com etanol.

Disseminação da tecnologia

Paulo Schmidt espera ainda desenvolver processos e tecnologias que apoiem o produtor rural na área de produção de carnes, tendo em vista que o volume de dejetos animais, além de causar danos ao meio ambiente, apresenta risco para o reservatório de Itaipu.

A transformação de dejetos animais em biometano, além de produzir energia para consumo próprio, poderia representar renda adicional para os produtores. O superintendente afirmou que a tecnologia poderá ser aplicada em prefeituras e empresas como fonte de produção de energia. "Itaipu vai apoiar iniciativas como essa", afirmou.

Além de produzir biometano e biofertilizante, a fábrica reduz os gases de efeito estufa e traz benefícios para o tratamento de resíduos. O custo hoje do projeto é de até R$ 0,09 por quilowatt-hora (kwh).

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