Com informações da Agência Fapesp - 20/03/2018
Cidades mais inteligentes e sustentáveis
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) iniciará a construção em seu campus, na capital paulista, de um espaço tecnológico modelo voltado à experimentação e demonstração de soluções para cidades inteligentes - como são chamados locais que utilizam tecnologias integradas com o objetivo de promover a sustentabilidade ambiental e melhorar a qualidade de vida da população.
O espaço, de 30 mil m2 - equivalente a um terço da área total do IPT -, deverá ficar pronto até o final deste ano e será permanente. Ali serão testadas soluções tecnológicas em estágio avançado de desenvolvimento que possam contribuir para tornar as cidades mais inteligentes e sustentáveis.
"A ideia é que o campus do IPT seja transformado em um ambiente em que empresas e grupos de pesquisa demonstrem soluções maduras, que teriam impacto na melhoria da qualidade de vida das cidades e que poderiam ser colocadas para demonstração imediatamente", disse o pesquisador Alessandro Santiago dos Santos.
"Uma vez que essas tecnologias forem experimentadas e demonstradas nesse ambiente real podem surgir novos desafios de pesquisa fundamental para aprimorá-las. Para isso, podemos promover cooperações com nossos próprios pesquisadores, além de universidades e outras instituições de pesquisa", explicou Santos.
Laboratório vivo
O espaço também servirá para que prefeitos e gestores públicos possam conhecer o conceito de cidades inteligentes e soluções tecnológicas para essa finalidade que têm sido desenvolvidas por empresas e grupos de pesquisa. Ao conhecer essas tecnologias, poderão implementá-las em seus municípios.
"Sabemos que há muitas empresas e grupos de pesquisa oferecendo soluções para prefeituras voltadas a melhorar a vida nas cidades. Mas ainda não tínhamos identificado um lugar onde as diversas soluções existentes pudessem ser testadas simultaneamente para poder apoiar a decisão de prefeitos e gestores públicos por uma determinada tecnologia.
"Pensamos que, em razão do tamanho da área do campus do IPT, podíamos usá-lo como um laboratório vivo, onde boa parte dessas soluções poderia ser implementada e testada," explicou o pesquisador Alex Fedozzi Vallone.