Logotipo do Site Inovação Tecnológica





Plantão

IPT terá centro de bionanomanufatura

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/11/2011

IPT terá centro de bionanomanufatura
O super-laboratório, com área de 8 mil metros quadrados, custará R$46 milhões e será inaugurado em 2012.
[Imagem: IPT]

Bio, micro e nano

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) começou a construir o primeiro centro brasileiro de pesquisas em bionanomanufatura.

O super-laboratório, com área de 8 mil metros quadrados, custará R$46 milhões e será inaugurado em 2012.

O centro terá laboratórios de nanotecnologia, biotecnologia e micromanufatura.

São todas áreas de caráter multidisciplinar, com aplicações em diversas áreas do conhecimento e da indústria, como fármacos, cosméticos, compósitos, revestimentos, catálise em biocombustíveis, microfluídica, tratamento de corrosão, entre outras.

Microfábricas

Segundo Maria Filomena Rodrigues, pesquisadora do IPT, a possibilidade de atuação multidisciplinar ocorre porque a nanotecnologia representa uma evolução da microtecnologia.

A pesquisadora afirma que a área conta basicamente com duas frentes de atuação, representando a produção e a caracterização de partículas.

No setor de micromanufatura as aplicações são igualmente amplas.

Um exemplo dado pela pesquisadora é a fabricação de microrreatores dentro de circuitos integrados, para substituir reatores centrais em linhas de produção da indústria química. "Se um microrreator quebrar não é preciso parar a produção," afirmou ela, referindo à facilidade de se substituir um reator do tamanho de um chip de computador.

Milhares desses microrreatores trabalhando em paralelo poderão gerar produtos químicos com uma qualidade e com uma eficiência que não são possíveis nos gigantescos reatores que a indústria química utiliza hoje.

Nobreza do bagaço

Um dos projetos que serão abrigados no novo centro de bionanomanufatura já está em andamento.

Trata-se da hidrólise enzimática do bagaço de cana-de-açúcar, que poderá produzir etanol de segunda geração, entre outros produtos derivados do açúcar, dando um destino mais nobre ao bagaço, que atualmente é aplicado em usinas termoelétricas.

Nesse projeto, o bagaço é pré-tratado em um sistema de explosão a vapor, que altera a estrutura da celulose, tornando-a vulnerável ao ataque de enzimas, que efetivamente produzem os açúcares.

O plástico biodegradável é também um produto que pode resultar desse procedimento.

Seguir Site Inovação Tecnológica no Google Notícias





Outras notícias sobre:
  • Miniaturização
  • Biochips
  • Indústria Química
  • Biomecatrônica

Mais tópicos