Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/05/2016
Pele sensível ao toque
Já existem peles eletrônicas que prometem um sexto sentido magnético para os seres humanos, mas Gierad Laput, da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, queria algo menos invasivo.
Então ele e seus colegas inventaram um anel que propaga sobre a pele do usuário um sinal de alta frequência, mas de baixa energia, quando o dedo no qual o anel está toca a pele da pessoa.
O resultado é uma nova interface para relógios inteligentes (smartwatch), batizada de SkinTrack, que transforma a pele da mão ou do braço em um touchpad, resolvendo um dos grandes entraves à utilização desses equipamentos - a dificuldade em manipulá-los devido à dimensão muito pequena da tela.
Energia do anel
Sensores instalados na pulseira do relógio inteligente detectam os sinais emitidos pelo anel e conseguem calcular com precisão sua posição e distância porque a fase das ondas varia conforme elas se propagam pela pele.
Eletrodos correspondentes às posições de 6 e 12 horas no relógio, por exemplo, detectam diferenças de fase que podem determinar a posição do dedo ao longo da largura do braço, enquanto eletrodos nas posições de 3 e 9 horas determinam a posição do dedo ao longo do comprimento do braço.
O sistema consegue detectar quando o dedo está tocando na pele com 99% de precisão e calcula a localização do toque com um erro médio de 7,6 milímetros. Segundo os pesquisadores, isso é comparável a outros sistemas de rastreamento digital similares.
Mas ainda há alguns detalhes a serem resolvidos antes que o precioso anel possa encontrar seu caminho rumo ao dedo dos consumidores: mantê-lo carregado é um dos problemas, mas talvez o maior seja que os sinais se deterioram com o uso contínuo, sobretudo pelo suor e pela alteração na hidratação da pele. Além disso, as autoridades de saúde poderão querer saber se a energia liberada pelo anel não faz algum mal.