Inspiradas nas palmeiras, turbinas eólicas têm desenho invertido

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/06/2022

Turbina eólica invertida. Com duas pás, este protótipo de demonstração gera pouco mais de 50 kW.
[Imagem: Kelsey Simpkins/CU Boulder]

Turbina eólica a favor dos ventos

A indústria de geração de energia eólica está migrando para o mar, onde é possível contar com ventos mais constantes, mas, sobretudo, onde é menos problemático instalar turbinas gigantescas.

O problema é que as regiões costeiras também estão sujeitas a fortes tempestades, incluindo tornados e furacões.

E, por mais estranho que possa soar, o maior risco para uma turbina eólica vem do vento: Se ventar pouco, ela não produz eletricidade; mas se ventar demais, ela pode colapsar.

Com tudo isso mente, uma equipe da Universidade do Colorado, nos EUA, resolveu buscar inspiração nas palmeiras para construir turbinas eólicas que possam ser grandes como as empresas querem, mas sem correr o risco de serem destruídas na primeira tempestade.

"Somos muito bioinspirados pelas palmeiras, que podem sobreviver a essas condições de furacão," disse a engenheira Lucy Pao, uma das responsáveis pelo novo projeto.

Turbina eólica inspirada em palmeiras

O que chama mais a atenção na nova torre eólica, contudo, não é exatamente uma capacidade de dobrar-se até que o furação passe, mas a inversão radical de seu perfil: Em vez de o cata-vento estar voltado para o vento, ele fica atrás da torre, a favor do vento.

As turbinas tradicionais, com a face a favor do vento, enfrentam o vento que entra e, para evitar serem sopradas na torre, precisam contar com pás suficientemente rígidas para não vergarem. É necessário muito material para construir essas lâminas relativamente grossas e maciças, o que aumenta seu custo.

As pás das turbinas em rotores a favor do vento, no entanto, ficam de costas para o vento, então há menos risco de as pás vergarem e atingirem a torre quando os ventos aumentam. Isso significa que as pás podem ser mais leves e mais flexíveis, o que requer menos material e, portanto, menor custo de fabricação.

Segundo a equipe, essas pás a favor do vento também podem se dobrar, em vez de quebrar em face de ventos fortes - como as palmeiras.

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