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Informática

IBM bate novo recorde de armazenamento de dados

Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/06/2014

IBM bate novo recorde de armazenamento de dados
Uma única fita LTO, de 10 x 10 cm, pode armazenar o equivalente a 154 milhões de livros.
[Imagem: IBM]

Engenheiros da IBM e da Fujifilm bateram um novo recorde de armazenamento de dados, alcançando 85,9 bilhões de bits por polegada quadrada.

E os dados são gravados não em um disco rígido, nem em um disco óptico e nem mesmo em uma memória sólida - eles foram gravados em uma fita magnética.

As fitas magnéticas são o meio de armazenamento mais durável existente hoje, aproximando-se de um século, contra cerca de 10 anos de um disco óptico ou disco rígido. É por isto que elas são largamente utilizadas em sistemas de backup de bancos, grandes empresas e projetos científicos.

Os dados gerados nos três primeiros anos de operação do LHC (Grande Colisor de Hádrons), por exemplo, cerca de 100 petabytes, estão gravados em cerca de 52.000 fitas magnéticas de diferentes tipos.

Armazenamento em fitas magnéticas

Em 2006, o consórcio das duas empresas conseguiu colocar 8 terabytes de dados em um único cartucho magnético. Em 2012, esse número saltou para 35 terabytes e agora, com a nova densidade, a capacidade de armazenamento de uma fita magnética padrão chega aos 154 terabytes.

Isso significa que uma única fita LTO (Linear Tape-Open - 10,2 cm x 10,54 cm x 2,15 cm) pode armazenar o equivalente a 154 milhões de livros - se você preferir todos esses livros em papel, a estante para guardá-los se estenderá por uma distância equivalente à distância de São Paulo a Salvador.

Para conseguir o novo recorde, os engenheiros projetaram uma nova cabeça de leitura mais sensível, que permite usar partículas magnéticas mais finas - os dados são gravados em partículas de um material chamado ferrita de bário.

Dimensões do Big Data

Segundo a IBM, esse avanço é estratégico na visão que a empresa tem do chamado Big Data, o dilúvio de dados que as tecnologias da informação e comunicação estão gerando.

A empresa divide o Big Data em quatro dimensões: volume, variedade, velocidade e veracidade, e calcula que, por volta de 2020, esses quatro Vs serão responsáveis por 40 zetabytes de dados - 40 trilhões de gigabytes.

A maior parte desses dados serão arquivos, tais como arquivos de vídeo, arquivos de backup, réplicas para recuperação de desastres, e-Ciência e arquivamento de informações legais.

Assim, embora sejam de acesso mais lento, os sistemas de fita são muito mais eficientes em termos de energia e durabilidade do que todas as alternativas existentes.

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