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Hubble prevê o futuro de aglomerado de estrelas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/10/2010

Hubble prevê o futuro de aglomerado de estrelas
Ômega Centauro foi identificada como um aglomerado globular apenas em 1867, sendo um dos cerca de 150 aglomerados identificados na Via Láctea.
[Imagem: NASA, ESA, J. Anderson and R. van der Marel (STScI)]

Enxergando o futuro

Astrônomos costumam olhar para o passado, quando capturam a luz emitida por estrelas há milhões de anos.

Mas agora eles usaram imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble para olhar para o futuro - 10.000 anos à frente, para ser exato.

O telescópio fez imagens do aglomerado globular Ômega Centauro no período de 2002 a 2006, detectando o movimento das estrelas nesse período.

A seguir, eles usaram esse movimento para projetar a trajetória de cada estrela para os próximos 10.000 anos.

Ômega Centauro

O aglomerado globular Ômega Centauro foi descoberto por Ptolomeu há mais de 2.000 anos. Ptolomeu pensou que Ômega Centauro fosse uma estrela única - na verdade trata-se um enxame de cerca de 10 milhões de estrelas, todas orbitando um centro comum de gravidade.

A "estrela" de Ptolomeu só foi identificada como um aglomerado globular em 1867, sendo um dos cerca de 150 aglomerados identificados na Via Láctea.

As estrelas estão tão amontoadas no aglomerado que os astrônomos tiveram que esperar dois milênios até que o Telescópio Espacial Hubble permitisse olhar com mais profundidade o núcleo dessa "colmeia estelar" e mapear as estrelas individualmente.

Buraco negro

A medição precisa do movimento das estrelas em aglomerados gigantes pode render insights interessantes sobre como esses agrupamentos se formaram no Universo primitivo, e se um buraco negro de massa intermediária - cerca de 10.000 vezes a massa do nosso Sol - poderia estar à espreita entre as estrelas.

"São necessários programas de computador sofisticados para medir as mudanças sutis nas posições das estrelas que ocorrem durante um período de apenas quatro anos," diz o astrônomo Jay Anderson, que conduziu o estudo com seu colega Roeland van der Marel. "Em última instância, é a visão afiada do Hubble que é a chave para a nossa capacidade de medir o movimento das estrelas no aglomerado."

"Com o Hubble, você pode esperar três ou quatro anos e detectar os movimentos das estrelas com mais precisão do que observar durante 50 anos usando um telescópio terrestre," acrescentou Van der Marel.

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