Com informações do IPT - 23/05/2019
Hub da tecnologia
Formar um núcleo facilitador da adoção da manufatura aditiva por meio de mapeamento de informações, treinamentos, promoção de P&D e, principalmente, a facilitação de acesso a experimentações e testes de protótipos, além da caracterização de materiais e produtos produzidos por meio da tecnologia: são estes os objetivos contidos na proposta de criação de um hub da tecnologia.
A iniciativa reúne o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo), o CTI (Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas), ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica, em São José dos Campos) e o Instituto Senai de Inovação em Processamento a Laser.
A ideia é reunir fornecedores, usuários e instituições de ciência e tecnologia em um grupo que seja imparcial e adote as evidências técnicas como base de suas ações.
Bonde da impressão 3D
Segundo o diretor do CTI, Jorge Vicente Lopes da Silva, a ideia de construir o hub teve início em março de 2018 a fim de "consolidar um movimento na área para que o Brasil não perca, mais uma vez, o 'bonde' em uma tecnologia com tendência de crescimento".
O grupo propõe iniciar as atividades por aquelas de maior impacto e menor custo, como a criação da própria rede, o mapeamento e disseminação de cursos em manufatura aditiva e também o acompanhamento dos principais eventos brasileiros e mundiais.
"Os benefícios esperados para as empresas usuárias, com a criação do hub, são a redução dos custos de monitoramento das tecnologias, a avaliação das técnicas mais adequadas, a identificação de oportunidades de aplicação, o acesso mais fácil ao desenvolvimento e testes de produtos e, finalmente, a minimização dos riscos de adoção da tecnologia pelo uso de laboratórios dos ICTs", explicou o pesquisador Daniel Leal Bayerlein, do IPT.
Entraves à manufatura aditiva
Uma reunião de trabalho realizada no IPT em novembro de 2018 identificou os principais desafios na adoção da manufatura aditiva pelas empresas brasileiras: capacitação de recursos humanos; identificação de oportunidades de aplicação de tecnologia; obtenção de informações técnicas e disponibilização de recursos para avaliação/testes.
Quanto aos fornecedores de produtos e serviços, a expectativa é que o hub consiga acelerar o processo de adoção de manufatura aditiva pelo maior compartilhamento de informação e aumentar a interação deles com os ICTs na formação de mão de obra para o desenvolvimento de produtos e a redução de barreiras da difusão da tecnologia.
Para os Institutos de Ciência e Tecnologia, os ganhos esperados são a promoção da formação de docentes e pesquisadores, a introdução de ciências e tecnologias de manufatura aditiva na formação de alunos de graduação e de pós-graduação e o incentivo às pesquisas por meio da maior interação com o ecossistema.