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Energia

Hidrogênio por via nuclear: tecnologia do futuro para o Brasil

IEN - 02/03/2010


Hidrogênio nuclear

O Brasil começa a dar este mês seus primeiros passos no conhecimento e domínio de uma tecnologia do futuro.

Nos dias 9 e 10 de março, 26 pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Reatores Nucleares Inovadores estarão reunidos no 1º Seminário de Produção de Hidrogênio por Via Nuclear, que acontecerá no IEN.

A produção de hidrogênio via nuclear é um processo limpo, não-poluente, ao contrário dos processos utilizados atualmente, que emitem gás carbônico para a atmosfera.

O hidrogênio é largamente consumido pelas indústrias do petróleo, química, farmacêutica e de alimentos. Prevê-se que no futuro, com o advento das células de hidrogênio para fornecer energia a veículos - uma tecnologia também não-poluente -, haja grande demanda desse elemento químico que não é encontrado livremente na natureza.

Reatores nucleares avançados

Para satisfazer essa demanda, a forma mais ecologicamente aceitável utiliza reatores nucleares como fontes de calor no processo de produção.

"Uma vez dominada a tecnologia de produção de hidrogênio por vias compatíveis com reatores nucleares avançados, o conjunto das indústrias brasileiras de energia poderá fazer a opção estratégica do ingresso na era da economia do hidrogênio", diz Celso Marcelo Lapa, professor da pós-graduação do IEN e integrante do Comitê Gestor do INCT de Reatores Nucleares Inovadores.

Lapa argumenta que "considerando as mudanças climáticas em curso e a ausência de fontes maciças de energia limpa, a humanidade ingressará na era da energia nuclear e do hidrogênio em poucas décadas, e o Brasil não pode ficar para trás."

Produção de hidrogênio

No seminário pretende-se agregar e ampliar pesquisas nacionais sobre o tema. Além disso, estará em discussão um projeto para instalação, no IEN, de uma planta-piloto de produção de hidrogênio, que estaria funcionando em um prazo de cinco anos.

Nessa planta-piloto, as altas temperaturas necessárias seriam obtidas sem a ajuda de um reator nuclear, mas o processo químico deve ser um dos que será utilizado no futuro para a produção de hidrogênio via nuclear (eletrólise ou ciclo enxofre-iodo).

Criados em 2009, os INCTs são redes que integram grupos de pesquisa de diferentes instituições sob uma temática comum. O INCT de Reatores Nucleares Inovadores conta com cerca de três milhões de reais em três anos para conhecer e desenvolver modelos avançados de reatores e tecnologias associadas.

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