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Mecânica

Maior salto tecnológico na indústria do aço em 1.000 anos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/10/2020

Hidrogênio na indústria do aço: Siderurgia e metalurgia limpas
A queima do hidrogênio produz apenas água como resíduo.
[Imagem: Vattenfall/Divulgação]

Hidrogênio na indústria do aço

Começaram na Suécia os primeiros testes para usar hidrogênio como combustível para a fabricação de aço em larga escala.

O piloto de demonstração do Projeto Hybrit, financiado pela Agência Sueca de Energia, é um marco na tentativa de "limpar" as indústrias metalúrgica e siderúrgica de seu passado poluidor, tipicamente ligado à queima do carvão e outros combustíveis fósseis.

O hidrogênio será produzido na planta-piloto eletrolizando água com eletricidade derivada de fontes renováveis, como solar e eólica, substituindo o óleo e o bio-óleo utilizados para aquecer os fornos e fundir o minério de ferro.

Se implantada em toda a indústria, a tecnologia Hybrit tem potencial para reduzir as emissões de dióxido de carbono em 10% na Suécia - hoje, a indústria do aço gera 7% do total das emissões globais de dióxido de carbono.

Para isso, o projeto está trabalhando para criar uma cadeia de valor completamente livre dos combustíveis fósseis, da mina de ferro ao aço acabado. Recentemente, uma siderúrgica sueca já havia começado a testar o uso do hidrogênio na laminação do aço.

Ao introduzir uma tecnologia usando hidrogênio livre de combustíveis fósseis - a maior parte do hidrogênio comercializado hoje ainda é produzido a partir do metano - em vez de carvão e coque para reduzir o oxigênio no minério de ferro, o processo industrial emitirá água, em vez de dióxido de carbono.

Hidrogênio na indústria do aço: Siderurgia e metalurgia limpas
A intenção é usar hidrogênio da mina de ferro ao aço acabado.
[Imagem: Vattenfall/Divulgação]

Transição climática

Os testes serão realizados entre 2020 e 2024, primeiro usando gás natural e depois hidrogênio, para poder comparar os resultados da produção e da poluição.

O projeto Hybrit é uma associação formada pela fabricante de aço SSAB, pela empresa de mineração LKAB e pela empresa de energia Vattenfall, tudo com suporte de financiamento estatal.

"Neste momento, temos uma oportunidade histórica de fazer coisas que geram empregos aqui e agora - mas também apressam a transição climática que todos percebem ser necessária. Hoje, estamos lançando as bases que permitirão que a indústria siderúrgica sueca seja inteiramente livre de combustíveis fósseis e de dióxido de carbono em 20 anos. Juntos, podemos reconstruir a Suécia como a primeira nação de bem-estar do mundo livre de fósseis," disse o primeiro-ministro sueco Stefan Löfven durante inauguração da planta-piloto.

Foi o próprio Löfven que finalizou seu discurso dizendo que a transição dos combustíveis fósseis para o hidrogênio é o "maior salto tecnológico na indústria do aço em 1.000 anos".

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