Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/09/2013
Fotodetector de grafeno
Recentemente, a Intel colocou no mercado um sistema de comunicação a laser entre chips que vai acelerar o funcionamento de servidores e, a seguir, dos computadores domésticos.
Agora, pesquisadores demonstraram o que pode ser a nova geração dessa tecnologia fotônica aplicada não apenas à transmissão de dados, mas também ao processamento.
Três grupos, trabalhando de forma independente, conseguiram combinar o grafeno com o silício para criar fotodetectores ultrassensíveis e em dimensões adequadas para sua inserção nos processadores mais modernos.
Isto significa que a "tradução" entre sinais elétricos, usados nos processadores, e sinais de luz, prontos para viajar pelas fibras ópticas, pode ser feita diretamente no interior dos chips.
"Há muito materiais que podem transformar a luz em sinais elétricos, mas o grafeno permite uma conversão particularmente rápida," disse Thomas Muller, da Universidade de Viena, membro de uma das equipes.
O dispositivo consiste em um guia de ondas, medindo entre 200 e 500 nanômetros, que leva o sinal óptico até uma camada de grafeno, onde a luz é convertida em um sinal elétrico, pronto para ser usado pelo processador.
Uma das vantagens é que, ao contrário de outros materiais, como o germânio, por exemplo, o grafeno consegue processar vários comprimentos de onda da luz, incluindo todos aqueles usados em comunicações por fibras ópticas.
Enquanto o sistema recém-lançado pela Intel possui conexão para 64 fibras ópticas, um único chip de um centímetro quadrado pode acomodar até 20.000 fotodetectores de grafeno.
O desafio que resta agora é o mesmo com relação a todos os avanços feitos com base no grafeno: a dificuldade em produzir o material em larga escala - os três grupos fabricaram suas fitas de grafeno "manualmente".