Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/06/2011
O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Virgilio Almeida, anunciou que o Governo Federal está se articulando para ter sua própria rede de computação em nuvem.
Pesquisas e aplicações
A ideia é ter um sistema compartilhado para pesquisas e para utilização prática pelos órgãos do governo.
Os mecanismos para estimular a criação de protótipos de redes de computação em nuvem que atendam as universidades e institutos de pesquisa foram incluídos no 2º Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI).
"Dessa forma, vamos fazer pesquisas ao mesmo tempo em que fazemos a capacitação de profissionais que nos ajudarão com esse sistema", afirmou Virgilio Almeida.
A construção da arquitetura para a computação em nuvem do Governo Federal está sendo feita por meio de um projeto envolvendo o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DataPrev).
O projeto também reúne as maneiras mais adequadas para proteger os dados que estiverem em rede.
A economia do Governo Federal será enorme segundo Virgilio Almeida.
"Ao invés de ter um centro de dados em cada ministério, órgão federal ou agências teremos uma nuvem com vários centros de dados para atender a demanda nacional. Com isso poupamos espaço e custos", afirma.
Computação em nuvem
Com o surgimento da Internet surgiram diversas tecnologias para facilitar a vida do usuário.
Atualmente, a sensação tecnológica do mundo virtual é a computação em nuvem. Também conhecida como cloud computing, ela permite que os programas e documentos pessoais fiquem "armazenados na Internet".
Na verdade, a computação em nuvem permite que esses softwares e documentos fiquem armazenados em grandes centros de dados espalhados pelo mundo.
"Já utilizamos muitos serviços em nuvem. Os nossos e-mails e vídeos disponíveis no youtube, por exemplo, estão nesses grandes centros de dados que ficam espalhados pelo mundo. Antes era uma tendência e agora é realidade", exemplifica Almeida.
Além de permitir que o usuário acesse os dados e programas de qualquer computador com acesso a Internet, especialistas afirmam que haverá redução de custos para os usuários.
"A tendência é que os fabricantes de software cobrem pelo uso dos programas e não mais pela licença de uso ilimitado", analisa o secretário.