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Centauro A: a galáxia que não parece, mas é

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/05/2012

Centauro A: a galáxia que não parece, mas é
A peculiar galáxia Centauro A (NGC 5128) aparece nesta imagem, feita com um tempo total de exposição de mais de 50 horas.
[Imagem: ESO]

Rádio galáxia

Esta nova imagem feita pelo Observatório Europeu do Sul mostra a estranha galáxia Centaurus A, na constelação do Centauro, com seu jeitão difícil de identificar como uma galáxia elíptica.

Com um tempo total de exposição de mais de 50 horas, esta é provavelmente a imagem mais profunda já criada deste espetacular e incomum objeto celeste.

A Centaurus A, também conhecida como NGC 5128, é uma galáxia elíptica muito estranha, cheia de características incomuns.

Ele é enorme, com grande massa e um buraco negro supermassivo no seu centro e distingue-se por ser a rádio galáxia mais forte do céu.

Os astrônomos acreditam que o núcleo brilhante, a forte emissão de rádio e os jatos da Centaurus A são produzidos por um buraco negro central com uma massa de cerca de 100 milhões de vezes a massa do Sol.

A matéria situada na regiões centrais densas da galáxia liberta enormes quantidades de energia à medida que cai em direção ao buraco negro.

Remendo

O brilho que enche a maior parte da imagem vem de centenas de bilhões de estrelas velhas e frias.

Contrariamente à maioria das galáxias elípticas, a forma homogênea da Centaurus A é perturbada por uma faixa larga e "remendada" de material escuro, que obscurece o centro da galáxia.

A faixa escura contém grandes quantidades de gás, poeira e estrelas jovens.

Aglomerados de estrelas jovens brilhantes situados nas extremidades superior direita e inferior esquerda da faixa apresentam o brilho vermelho característico de nuvens de hidrogênio onde se formam estrelas, enquanto algumas nuvens de poeira isoladas podem ser vistas contrastando com o fundo de estrelas.

Estas características, juntamente com a emissão rádio intensa, apontam para o fato provável da Centaurus A ter resultado da fusão entre duas galáxias. A faixa de poeira é provavelmente resultado dos restos desfeitos de uma galáxia espiral destroçada pela atração gravitacional da galáxia elíptica gigante.

Estrelas variáveis

Centaurus A foi já extensivamente estudada em comprimentos de onda que vão desde o rádio até os raios gama.

Em particular, observações em rádio e raios X foram cruciais no estudo das interações entre a emissão altamente energética vinda do buraco negro de grande massa e os seus arredores.

Muitas das observações de Centaurus A utilizadas na criação desta imagem foram obtidas no intuito de ver se era possível usar rastreios terrestres para detectar e estudar estrelas variáveis em galáxias fora do nosso Grupo Local, tais como Centaurus A. Foram descobertas mais de 200 novas estrelas variáveis em Centaurus A.

O telescópio móvel ALMA também já começou a estudar a estranha Centaurus A.

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