Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/07/2013
Se a energia solar e a energia eólica já seriam um grande avanço em relação às fontes não sustentáveis usadas hoje, mais ainda seria a fotossíntese artificial.
Inúmeros grupos ao redor do mundo trabalham arduamente na tentativa de copiar o mecanismo usado pelas plantas para aproveitar a luz do Sol.
A abordagem mais comum é usar a luz do Sol para quebrar as moléculas da água e produzir hidrogênio, um combustível limpo que pode ser usado tanto para gerar a eletricidade que abastece casas e empresas, como também impulsionar veículos elétricos, por meio de células a combustível.
A aferição dos resultados dos esforços de todas essas equipes agora ficou mais fácil, graças ao trabalho de Miguel Modestino e seus colegas dos Laboratórios Berkeley, nos Estados Unidos.
Folhas artificiais
Modestino criou um aparelho capaz de avaliar - e ajudar a otimizar - dispositivos que efetuam a eletrólise fotovoltaica da água - as chamadas folhas artificiais.
Trata-se de um eletrolisador microfluídico no qual todos os componentes funcionais são intercambiáveis, podendo ser desmontados e trocados para que cada abordagem seja testada e comparada sob os mesmos critérios.
Assim, as diversas técnicas pesquisadas em busca de uma abordagem mais eficiente para a fotossíntese artificial poderão ser testadas em micro-escala, antes de se fazer testes em larga escala ou grandes investimentos em plantas-piloto.
"Em nosso protótipo, foi fabricada uma série de 19 canais paralelos em cada dispositivo, com uma área ativa total de oito milímetros quadrados. Como os chips microfabricados são relativamente fáceis de produzir, pode-se facilmente mudar as dimensões e materiais para otimizar o desempenho," disse Modestino.