Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/06/2016
Mistério celeste
Cinquenta anos atrás, os astrônomos se depararam com um mistério, um mistério gigantesco, ocupando quase o céu inteiro. Eles o chamaram de Bolha Loop I.
Ainda hoje o mistério não está elucidado e ninguém sabe bem como esta estrutura cósmica colossal se formou.
Mas, se serve de consolo, agora temos a melhor imagem dela, graças ao telescópio Planck.
A Bolha Loop I é mais visível no hemisfério norte do céu.
Nesta imagem ela aparece na forma de um arco amarelo, que esmaece até o roxo, chegando ao hemisfério sul, completando o círculo da bolha. A banda azul que atravessa a imagem na horizontal é o plano galáctico.
Bolha Loop I
A Bolha Loop I é uma formação quase circular que cobre um terço do céu. Ela provavelmente é uma bolha esférica, que se estende por mais de 100º, o que a torna mais larga do que 200 luas cheias.
Mas ninguém sabe seu tamanho absoluto, uma vez que os astrônomos não sabem a que distância ela está de nós: as estimativas para o centro da bolha variam de 400 anos-luz até 25.000 anos-luz.
O que os astrônomos sabem é que a estrutura aparece em vários comprimentos de onda diferentes, das ondas de rádio até os raios gama - o telescópio Planck vê a Loop I em micro-ondas.
Acredita-se que as micro-ondas detectadas pelo Planck são emitidas por elétrons que estão sendo acelerados pelo campo magnético da galáxia.
As cores nesta imagem refletem a polarização dos fótons, a direção na qual as micro-ondas oscilam, já que o telescópio consegue detectar todas as três características da radiação de micro-ondas: intensidade, cor e polarização - para comparação, nossos olhos enxergam apenas a intensidade e a cor da luz visível.