Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/01/2009
A melhor forma de garantir suprimentos seguros e duradouros de energia a longo prazo, sem piorar a poluição ambiental, não está em usinas nucleares de nova geração e nem em biocombustíveis, afirma o Dr. Mark Z. Jacobson, da Universidade de Stanford.
E, segundo ele, o tal do "carvão limpo", que envolve a captura das emissões de carbono das usinas a carvão e seu armazenamento no subsolo, nem mesmo é "limpo".
Suprimento de energia a longo prazo
O pesquisador afirma que a saída para o suprimento de energia para a humanidade a longo prazo está na energia eólica, na energia das ondas e das marés, e na energia solar.
Em seu estudo, Jacobson considerou não apenas a capacidade de geração de energia de cada uma das fontes, mas também seus impactos sobre o meio ambiente, a saúde humana, a segurança do suprimento de energia a longo prazo, a oferta de água, a poluição da água, a preservação da flora e da fauna silvestres e a segurança e sustentabilidade das novas fontes de energia.
"As melhores alternativas energéticas não são aquelas das quais as pessoas estão falando mais. E algumas opções que têm sido propostas são simplesmente terríveis," disse Jacobson. "Os biocombustíveis à base de etanol irão na verdade causar mais danos à saúde humana, à vida silvestre, à oferta de água e ao uso da terra do que os atuais combustíveis fósseis.
Fontes de energia alternativa mais promissoras
As fontes de energia alternativas mais promissoras apontadas no estudo são, nesta ordem, a energia dos ventos, a energia da luz concentrada do Sol (que utiliza espelhos para aquecer um fluido), energia geotérmica, energia das marés, energia solar fotovoltaica (que utiliza painéis solares para gerar eletricidade diretamente), energia das ondas e hidroeletricidade.
O cientista afirma que, melhor do que usar a energia nuclear, seria empregar o carvão conjugado com o sequestro de carbono, etanol de milho e etanol de celulose.
Embora o etanol de celulose seja chamado de etanol de segunda geração, superior mesmo ao etanol da cana-de-açúcar brasileiro, o pesquisador afirma que o etanol celulósico é até pior do que o etanol de milho - que tem sérios problemas de concorrência com a produção de alimentos - porque ele gera mais poluição do ar, exige uma área maior de terra para ser produzido e causa maiores danos à vida silvestre.