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Energia

Folhas luminosas de fibras ópticas superam deficiência dos LEDs

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/07/2010

Folhas luminosas de fibras ópticas brilham por inteiro
No primeiro plano, a folha de fibras ópticas, composta por minúsculas estruturas feitas com fios de níquel. Ao fundo, à esquerda, a folha "acesa".
[Imagem: Fraunhofer]

Pontos de luz

Os LEDs têm inúmeras vantagens: eles são miniaturizáveis, consomem pouca energia, são inteiramente de estado sólido e emitem luz nos mais diversos comprimentos de onda, incluindo as cores visíveis, o infravermelho e muito mais.

Sua única desvantagem parece ser a mais óbvia: eles são pontos de luz. Para fazer telas e monitores mais brilhantes e com resolução cada vez maior, o que menos se pode querer são interrupções na luz emitida.

E pontos de luz discretos sempre deixam rastros gerados pelos intervalos entre os diversos pontos, levando a uma queda na eficiência e na qualidade dos produtos finais.

Película de fibra óptica

Assim, como distribuir a luz gerada pelos LEDs ao longo de uma superfície bidimensional, grande o suficiente para atender à fome por polegadas adicionais das TVs mais modernas, e sem perdas?

A solução pode estar em uma película de fibra óptica, capaz de distribuir a luz bidimensionalmente de forma perfeita para todos os efeitos práticos.

Os primeiros protótipos, com resultados promissores, estão sendo fabricados e testados por engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha.

A película, ou filme, possui estruturas superficiais com dimensões na faixa dos micrômetros, e os engenheiros já conseguiram fabricá-las com até dois metros de comprimento por um metro de largura.

"É um processo ultrapreciso," conta o Dr. Christian Wenzel, coordenador da equipe que está desenvolvendo o equipamento necessário para fabricar os filmes emissores de luz.

Iluminação plana

Partindo de um substrato flexível, ferramentas especiais de diamante são utilizadas para aplicar as minúsculas estruturas micrométricas e criar uma estampa que brilha por igual em toda a superfície.

O processo funciona de forma parecida com uma impressora matricial, que gera as letras pressionando pequenas agulhas sobre uma fita, passando a tinta da fita para o papel. As minúsculas agulhas, neste caso, aplicam as estruturas de fios de níquel, tão finas quanto um fio de teia de aranha, sobre o substrato.

O equipamento já é capaz de produzir folhas luminosas para backlighting de grandes telas e monitores, bem como para diversas outras aplicações, como a iluminação de interiores de residências ou de automóveis.

O próximo passo da pesquisa é aprimorar as máquinas necessárias para a fabricação das folhas luminosas. Hoje, uma folha de 2 x 1 metro leva alguns dias para ficar pronta.

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