Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/01/2015
Fita de Móbius óptica
Cientistas criaram pela primeira vez uma fita de Móbius óptica - feita de luz.
A fita de Móbius - estudada em 1858 por August Ferdinand Möbius (daí a grafia alternativa Moebius) - é um objeto geométrico de um único lado, representando um caminho infinito. Ela pode ser feita colando duas extremidades de uma fita depois de ter dado meia volta em uma das extremidades.
Thomas Bauer, do Instituto Max Planck de Ciências da Luz, na Alemanha, criou uma fita de Móbius óptica "torcendo" um feixe de laser, o que foi feito alterando sua polarização em tempo de voo.
A polarização do feixe de laser - a propriedade que define como o campo elétrico da luz se move - é variada espacialmente usando um cristal líquido e uma nanopartícula de ouro menor do que o comprimento de onda da luz usada no experimento.
O cristal líquido controla a interação da luz com a nanopartícula, produzindo um padrão de interferência que gira a polarização da luz em três ou em cinco voltas, dando-lhe a estrutura da fita de Móbius.
Aplicações práticas
A fita de Móbius tradicional já encontrou aplicações em circuitos elétricos, compostos químicos e até na teoria musical.
A fita de Móbius óptica, dizem os pesquisadores, poderá ter aplicações em novas técnicas de geração de imagens, na manipulação de polímeros e na fabricação de metamateriais ainda mais exóticos do que os usados nos mantos de invisibilidade, além de permitir novas formas de estudar a interação entre a luz e a matéria.