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Informática

Fibra óptica padrão da indústria mais rápida do mundo chega a 1,7 Pbits

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/06/2023

Fibra óptica padrão da indústria mais rápida do mundo chega a 1,7 Pbits
A fibra óptica tem 19 núcleos, mas permaneceu incrivelmente fina.
[Imagem: Georg Rademacher et al. (2023)]

Fibra óptica mais rápida do mundo

Uma equipe de pesquisadores da Austrália, Itália, Japão e Países Baixos estabeleceu um novo recorde de velocidade para uma fibra óptica padrão da indústria - em contraposição a fibras ópticas especiais feitas em laboratório.

Com a espessura de um fio de cabelo humano, a fibra consegue transportar o equivalente a mais de 10 milhões de conexões rápidas de internet doméstica funcionando em plena capacidade, alcançando 1,7 petabits.

O primeiro cabo de fibra óptica submarino, lançado através do Oceano Atlântico em 1988, tinha uma capacidade de 20 megabits. Existem 1.000 megabits em um gigabit, 1.000 gigabits em um terabit e 1.000 terabits em um petabit. A maioria das conexões domésticas fornece de 25 a 100 Megabits.

A fibra, que contém 19 núcleos, cada um transportando um sinal diferente, atende aos padrões globais da indústria. A equipe também desenvolveu um chip de vidro, fabricado por impressão 3D a laser, que permite acesso com baixa perda aos 19 fluxos de luz transportados pela fibra, garantindo compatibilidade com os atuais equipamentos de transmissão. Isso garante que ela possa ser prontamente adotada sem grandes alterações na infraestrutura.

Além do ganho de velocidade, a nova fibra multinúcleos usa menos processamento digital, reduzindo bastante a potência necessária por bit transmitido.

Fibra óptica padrão da indústria mais rápida do mundo chega a 1,7 Pbits
Os ganhos na velocidade de transmissão de dados por fibra óptica têm sido impressionantes.
[Imagem: NICT]

Fibra multinúcleos

A maioria das fibras atuais tem um único núcleo que transporta vários sinais de luz. Mas essa tecnologia atual está praticamente limitada a apenas alguns terabits por segundo devido à interferência entre os sinais.

"Poderíamos aumentar a capacidade usando fibras mais grossas. Mas fibras mais grossas seriam menos flexíveis, mais frágeis, menos adequadas para cabos de longa distância e exigiriam uma reengenharia massiva da infraestrutura de fibra óptica," disse o professor Simon Gross, da Universidade Macquarie, na Austrália. "Poderíamos simplesmente adicionar mais fibras. Mas cada fibra aumenta a sobrecarga e o custo do equipamento, e precisaríamos de muito mais fibras."

E a tecnologia tem outros usos, além de transmitir dados da internet. "A tecnologia patenteada subjacente tem muitas aplicações, incluindo encontrar planetas orbitando estrelas distantes, detecção de doenças e até mesmo identificar danos em canos de esgoto," disse o professor Michael Withford.

Bibliografia:

Artigo: Randomly Coupled 19-Core Multi-Core Fiber with Standard Cladding Diameter
Autores: Georg Rademacher, Menno van den Hout, Ruben S. Luís, Benjamin J. Puttnam, Giammarco Di Sciullo, Tetsuya Hayashi, Ayumi Inoue, Takuji Nagashima, Simon Gross, Andrew Ross-Adams, Michael J. Withford, Jun Sakaguchi, Cristian Antonelli, Chigo Okonkwo, Hideaki Furukawa
Revista: Proceedings of th Optical Fiber Communication Conference (OFC) 2023
DOI: 10.1364/OFC.2023.Th4A.4
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