Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/01/2013
Origami de DNA
Sob as condições adequadas, é possível fazer com que moléculas de DNA dobrem-se para formar estruturas complexas.
A técnica vem ganhando espaço sobretudo através dos chamados origamis de DNA, que já resultaram em nanorrobôs de DNA e uma série de nanoestruturas 3-D.
O mecanismo só não é mais utilizado porque é lento, por vezes levando vários dias para se completar, e produzindo uma quantidade muito pequena dos objetos.
E os pesquisadores precisam esperar todo esse tempo para ver se seu projeto estava certo, ou seja, se o objeto saiu realmente como planejado.
Automontagem
Agora, pesquisadores da Universidade Técnica de Munique estão abrindo caminho para acelerar a automontagem das fitas de DNA na forma dos objetos desejados.
O grupo descobriu como ajustar as condições das reações para que o processo se complete não mais em uma questão de dias, mas de minutos.
A quantidade de objetos produzidos também pode ser duas vezes maior em cada reação.
Jean-Philippe Sobczak e seus colegas afirmam que o novo processo lembra o processo de enovelamento das proteínas.
Isso, segundo a equipe, abre a possibilidade de que os origamis de DNA possam ser usados no futuro não apenas para formar nanoestruturas complexas, mas também funcionar no interior de células vivas.
Nanotecnologia de DNA
"Estamos mais convencidos do que nunca de que a nanotecnologia de DNA pode levar à criação de um novo tipo de fabricação, com um futuro comercial e até mesmo industrial," disse Hendrik Dietz, orientador do estudo.
"Além de nos dizer que é possível fabricar objetos complexos de DNA em série, estes resultados sugerem algo que mal nos atreveríamos a imaginar antes - que pode ser possível montar nanodispositivos de DNA em uma cultura de células ou mesmo dentro de uma célula viva," prevê o pesquisador.