Com informações do MCTI - 05/08/2014
Especialistas brasileiros fizeram uma visita à União Europeia para identificar desafios a serem enfrentados pelo país para alavancar o setor de redes elétricas inteligentes (smart grids).
Segundo o grupo, será necessário investir em infraestrutura, laboratórios avançados, formação de recursos humanos de alta qualificação, realizar pesquisa aplicada e adequar a legislação e a política industrial brasileira.
Na Itália, na França e na Espanha, o grupo visitou agências reguladoras, empresas distribuidoras de energia elétrica, fabricantes e centros de pesquisa.
"No Brasil temos pesquisadores, empresas, regulação, ciência e tecnologia, muitos projetos-pilotos, mas precisamos sincronizar tudo isso para aproveitarmos essa oportunidade de mercado de modo que haja participação efetiva da indústria nacional", avalia Eduardo Soriano, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Também integraram a missão representantes da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Finep/MCTI.
Para o responsável pelos projetos de redes elétricas inteligentes da ABDI, Carlos Frees, a viagem atendeu às expectativas pelos contatos feitos com organizações e instituições de governança de energia e pela identificação de modelos de negócios diferenciados e de empresas e laboratórios que estão desenvolvendo tecnologia na área.
Redes e cidades inteligentes
O conceito de rede inteligente, em termos gerais, é a aplicação de tecnologia da informação (TI) para o sistema elétrico, integrado aos sistemas de comunicação e infraestrutura de rede automatizada de forma a tornar o processo mais eficiente.
Na Europa, contudo, já se inicia a ligação entre os sistemas de energia, gás e hídrico dentro de um contexto mais ampliado para as futuras "cidades inteligentes".
O termo cidade inteligente diz respeito a um conjunto de soluções urbanísticas e tecnológicas visando ao desenvolvimento sustentável e à qualidade de vida.
O conceito se baseia no crescimento planejado, na combinação adequada entre recursos e atividades e na participação dos cidadãos, com as tecnologias da informação e da comunicação (TICs) como uma das principais ferramentas.
O grupo pretende realizar um workshop sobre as redes e cidades inteligentes na segunda quinzena de setembro, no qual serão apresentadas experiências internacionais e projetos com potencial de aproveitamento no Brasil.