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Astrônomos captam imagem de um tipo raro de estrela

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/07/2010

Astrônomos captam imagem de uma rara estrela de Wolf-Rayet
Embora a WR 22, no centro da imagem, esteja a mais de 5.000 anos-luz de distância da Terra, ela é tão brilhante que pode ser observada a olho nu sob boas condições de observação.
[Imagem: ESO]

Farol estelar

Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) captaram a imagem de uma estrela muito rara, conhecida como estrela de Wolf-Rayet.

A WR 22, que aparece bem no centro da imagem, está lançando sua atmosfera para o espaço a uma taxa muitos milhões de vezes mais rápida do que o Sol. A estrela rara e sua vizinhança igualmente brilhante estão na região exterior da Nebulosa de Carina.

As estrelas de grande massa vivem depressa e morrem novas. No final das suas vidas, alguns destes verdadeiros faróis estelares emitem uma radiação tão intensa que libertam matéria para o espaço muitos milhões de vezes mais depressa do que as estrelas relativamente calmas, como é o caso do Sol.

Embora a WR 22 esteja a mais de 5.000 anos-luz de distância da Terra, ela é tão brilhante que pode ser observada a olho nu sob boas condições de observação.

Estrelas de Wolf-Rayet

Essas estrelas raras, muito quentes e de grande massa, são conhecidas como estrelas Wolf-Rayet, assim chamadas em homenagem aos dois astrônomos franceses que as descobriram em meados do século XIX.

As estrelas de Wolf-Rayet são estrelas muito pesadas, mas que perdem massa a uma velocidade muito alta, através de ventos estelares que chegam a atingir velocidades de 2.000 quilômetros por segundo. Enquanto nosso Sol perde cerca de 10-14 de sua própria massa a cada ano, uma estrela de Wolf-Rayet perde cerca de 10-5.

A WR 22 faz parte de um sistema de estrela dupla e a sua massa é pelo menos 70 vezes a massa do Sol, o que a torna uma das mais maciças estrelas de Wolf-Rayet conhecidas. Ela está localizada na constelação austral de Carina, a quilha do navio Argo de Jasão na mitologia grega.

Paisagem cósmica

As cores sutis que servem de fundo a essa paisagem cósmica são resultado das interações entre a intensa radiação ultravioleta emitida pelas estrelas quentes de grande massa, incluindo a WR 22, e as grandes nuvens de gás, essencialmente hidrogênio, a partir das quais as estrelas se formaram.

A imagem foi composta por várias outras, obtidas com os filtros vermelho, verde e azul do instrumento Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO, de 2,2 metros, situado no Observatório de La Silla, no Chile.

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