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Descoberta estrela mais rápida da galáxia: 8.000 km por segundo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/07/2022

Descoberta estrela mais rápida da galáxia: 8.000 km por segundo
Foram quase 20 anos de observações para que fosse possível isolar cada uma das estrelas do aglomerado S.
[Imagem: Florian Peibker et al. - 10.3847/1538-4357/ac752f]

Estrela mais rápida da galáxia

Astrônomos alemães e tchecos descobriram a estrela mais rápida que se conhece, viajando a 8.000 quilômetros por segundo.

A estrela S4716 orbita Sagitário A*, o buraco negro no centro da nossa Via Láctea, completando uma órbita a cada quatro anos.

A estrela hiperveloz chega a 100 unidades astronômicas (ua) do buraco negro, uma distância muito pequena para os padrões astronômicos - uma ua corresponde a 149.597.870 quilômetros. Não fosse sua velocidade extrema, ela já teria sido engolida pelo buraco negro.

Nas proximidades do buraco negro no centro da nossa galáxia há um aglomerado de estrelas densamente compactado, chamado aglomerado S, que é o lar de mais de uma centena de estrelas que diferem em brilho e massa, mas todas se movem particularmente rápido.

"Um membro proeminente, a S2, se comporta como uma pessoa grande sentada à sua frente em um cinema: Ela bloqueia sua visão do que é importante," disse Florian Peissker, da Universidade de Colônia, na Alemanha. "A visão do centro da nossa galáxia é, portanto, muitas vezes obscurecida pela S2. No entanto, em breves momentos, podemos observar os arredores do buraco negro central."

A campanha para enxergar o que está à frente da S2 envolveu cinco telescópios, com quatro deles sendo combinados em um grande telescópio para permitir observações ainda mais precisas e detalhadas. As observações abrangeram quase vinte anos.

Mas identificar a estrela exigiu ainda um trabalho de refinamento contínuo dos métodos de análise das imagens, o que finalmente permitiu isolar e identificar sem qualquer dúvida a estrela hiperveloz.

"Uma estrela estar em uma órbita estável tão próxima e rápida na vizinhança de um buraco negro supermassivo foi completamente inesperado e marca o limite que pode ser observado com telescópios tradicionais," disse Peissker.

Bibliografia:

Artigo: Observation of S4716-a Star with a 4 yr Orbit around Sgr A*
Autores: Florian Peibker, Andreas Eckart, Michal Zajacek, Silke Britzen
Revista: The Astrophysical Journal
DOI: 10.3847/1538-4357/ac752f
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