Com informações da ESA - 11/09/2012
Espaço para todos
Começa nesta terça-feira a ILA Berlin Air, uma das principais exposições aeroespaciais do mundo, que ficará aberta ao público de 11 a 16 de Setembro.
A ILA é uma das exposições mais importantes do comércio aeroespacial, organizada de dois em dois anos pela Associação das Indústrias Aeroespaciais BDLI, com apoio da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Alemã (DLR).
A feira receberá os maiores atores das agências espaciais internacionais e da indústria, além de profissionais em busca de novas oportunidades de negócios e visitantes interessados em descobrir os mais recentes desenvolvimentos aeroespaciais.
Em tempos de desafios econômicos, o espaço tem provado ser um motor importante para alavancar o crescimento econômico, gerando estabilidade e fazendo contrapeso às tendências negativas da economia, graças à atuação keynesiana dos gastos governamentais na área.
Os serviços aeroespaciais também já são parte de nossas vidas diárias - basta pensar nos satélites de comunicação e na aviação -, o que representa um elemento de crescimento do valor econômico e social do espaço.
Espera-se que a feira seja um palco importante para as negociações preliminares para uma reunião a se realizar em Novembro, quando os ministros de cada país europeu, responsáveis pelo espaço, serão chamados a tomar decisões importantes nos futuros programas da ESA.
Satélites Artificiais
A exposição oferece uma visão geral dos principais programas e atividades da ESA, destacando a importância que os sistemas e aplicações espaciais têm no combate aos desafios globais e como podem melhorar a nossa compreensão e conhecimento da Terra.
Os visitantes poderão conhecer o desenvolvimento de uma ampla gama de serviços de telecomunicações e soluções de base espacial em áreas como a gestão do tráfego aéreo e vigilância marítima.
A ESA vai mostrar também seu apoio à competitividade da indústria de telecomunicações por satélite, por meio dos próximos lançamentos do Alphasat, a primeira grande plataforma europeia para satélites de telecomunicações de alta potência, e do Small-GEO, uma nova geração de plataformas modulares e flexíveis de telecomunicações.
Os visitantes poderão também conhecer os serviços prestados à aviação pelo EGNOS, o Sistema Europeu Complementar de Navegação Geoestacionária, que começou a funcionar em Março de 2011, e sobre a constelação Galileo - a versão europeia do GPS -, com dois satélites adicionais a serem lançados este ano.
Os satélites do programa "Observação da Terra" deram à Europa a liderança nos estudos ambientais em nível planetário, incluindo clima e mudanças climáticas, fornecendo dados aos cientistas e aos gestores de crises ambientais.
Das suas posições privilegiadas, os satélites monitoram continuamente a Terra e os seus processos naturais, obtendo informações importantes sobre como a gravidade, o clima e o campo magnético afetam o nosso planeta e ajudam a detectar mudanças na atmosfera, solo, oceanos e gelo.
Os visitantes poderão ver dados e mapas de satélite produzidos para a Carta Internacional para o Espaço e Grandes Catástrofes.
A Carta resulta de um acordo inovador entre várias agências espaciais para tornar os dados de satélite disponíveis quase em tempo real para as agências de defesa civil em todo o mundo.
Uma parte especial da exposição mostrará os dois primeiros satélites Sentinela, contribuição da ESA para a iniciativa da União Europeia chamada "Monitoramento Global do Ambiente e da Segurança" - GMES.
Explorando o planeta vermelho
Estarão presentes apresentações das missões CryoSat e Swarm, a próxima missão Exploradores da Terra a ser lançada.
Além de mostrar como os avanços na ciência e tecnologia nos trouxeram um maior conhecimento do nosso próprio planeta e do seu lugar no Sistema Solar, a exposição também vai mostrar olhos voltados para o espaço exterior.
Por causa das suas semelhanças físicas com a Terra, Marte é o principal alvo na procura de vida no Sistema Solar.
Uma simulação da superfície de Marte contará com modelos em escala de três elementos do ExoMars, a próxima missão da ESA ao planeta vermelho, que incluirá um orbitador e um módulo de descida e aterragem, com o primeiro robô marciano europeu.
Laboratórios espaciais
Também estarão em destaque as tecnologias europeias para a Estação Espacial Internacional, com mostras dos resultados científicos de experiências realizadas no laboratório espacial Columbus.
Serão também apresentados estudos em andamento sobre futuras missões de exploração além da órbita baixa da Estação Espacial, incluindo o Lunar Lander, que irá aterrar com extrema precisão perto do pólo sul da Lua, onde pode existir gelo de água.
O pavilhão "Espaço para a Terra" mostrará o programa preparatório da ESA "Percepção Situacional do Espaço".
O objetivo é dotar o continente de serviços para proteger os seus sistemas espaciais, as infraestruturas terrestres e a população contra os riscos de detritos orbitais, do clima espacial e dos potenciais impactos de asteroides.