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Energias renováveis crescem na matriz elétrica brasileira

Com informações da EPE - 12/06/2012

Energias renováveis crescem na matriz elétrica brasileira
O grande destaque coube à energia eólica, em franca expansão no Brasil.
[Imagem: Balanço Energético Nacional/EPE]

Balanço Energético Nacional

A participação de fontes renováveis de geração de eletricidade ampliou-se em 2,5% na matriz elétrica brasileira no ano de 2011, chegando a 88,8%.

De acordo com os dados preliminares do Balanço Energético Nacional, compilado pela Empresa de Pesquisa Energética - EPE, houve queda nos biocombustíveis, com redução o aproveitamento da biomassa da cana-de-açúcar.

Por outro lado, o ano de 2011 apresentou condições hidrológicas favoráveis, o que assegurou aumento de 6,3% na produção hidrelétrica.

Embora contando ainda com uma presença pequena no total da oferta interna de energia elétrica, um dos destaques da atual matriz brasileira de eletricidade é a energia eólica, cuja geração totalizou cerca de 2,7 mil gigawatts-hora (GWh) em 2011 - na comparação com 2010, a expansão da produção através dos ventos alcançou 24,2%.

O elevado percentual de crescimento prenuncia o que deve ocorrer de forma ainda mais expressiva nos próximos quatro anos, quando novos parques - já em construção - entrarão em operação.

Com o crescimento da participação renovável na matriz elétrica nacional em 2011, o Brasil amplia ainda mais sua posição de liderança em geração de energia limpa se comparado ao conjunto das demais nações do mundo e aos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) - majoritariamente desenvolvidos.

Energias renováveis crescem na matriz elétrica brasileira
A hidroeletricidade é a grande responsável pela liderança mundial que o Brasil possui no campo das energias renováveis.
[Imagem: Balanço Energético Nacional/EPE/AIE]

Demanda e oferta de energia

A oferta interna de energia (total da energia demandada no país) cresceu no ano passado 1,3% em relação a 2010, atingindo 272,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep).

Foi uma evolução menor que a do Produto Interno Bruto, que, conforme o IBGE, expandiu-se 2,7%. A demanda de energia per capita ficou em 1,41 tep por habitante em 2011, aumentando 0,5% em relação a 2010.

O consumo final de energia (pelas pessoas e pelas empresas) cresceu 2,6% - mais, portanto, que o crescimento da oferta interna - alcançando 228,7 milhões de tep.

A diferença de 43,7 milhões de tep entre a oferta interna de energia e o consumo final está associada às perdas e aos processos de transformação da energia primária em energia secundária (como nos usos destinados à geração de energia elétrica ou à produção de derivados de petróleo).

Em 2010, a diferença entre a oferta interna e o consumo foi maior que em 2011, de 45,4 milhões de tep. Isso indica uma redução nas perdas entre um ano e outro.

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