Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/07/2015
Célula solar que brilha
Engenheiros da Universidade de Toronto, no Canadá, decidiram juntar dois materiais que têm sido vistos como promissores para fabricar células solares.
De forma um tanto curiosa, o material híbrido mostrou-se altamente eficiente para emitir luz, tornando-se uma nova plataforma para a criação de LEDs mais eficientes.
Zhijun Ning e seus colegas inseriram partículas luminescentes, chamadas pontos quânticos coloidais, em uma matriz de perovskita, um material no qual os elétrons fluem com um mínimo de perdas e sem serem capturados por defeitos no cristal.
A mistura feita por Ning criou um cristal negro que usa a matriz de perovskita para afunilar os elétrons em direção aos pontos quânticos, que são extremamente eficientes em converter eletricidade em luz.
O protótipo emite na faixa do infravermelho, mas a equipe já fala em bater o recorde mundial de eficiência dos LEDs em geral com melhoramentos adicionais, tamanho é o rendimento desta primeira versão ainda não aprimorada.
Reabsorção
A combinação dos dois materiais resolveu o problema da reabsorção, que ocorre quando um material reabsorve parte do mesmo espectro de energia que é capaz de emitir, gerando uma perda líquida.
Como a emissão dos pontos quânticos não coincide com o espectro de absorção da perovskita, não há perdas por reabsorção, gerando um grande ganho de eficiência.
Cristais de perovskita capturam a energia solar e usam essa energia para brilhar. Já existem células solares de perovskita, mas suas características ópticas apontam para a possibilidade de fabricar dispositivos que sejam célula solar de dia e tela à noite.