Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/11/2018
HD de luz
Físicos da Universidade de Alberta, no Canadá, desenvolveram uma nova maneira de construir memórias quânticas, um método para armazenar as delicadas informações quânticas codificadas em pulsos de luz.
"Este experimento envolveu pegar pulsos curtos de luz, nos quais nós conseguimos codificar informações quânticas, armazenar a luz nos átomos e recuperar o pulso original que contém a informação," explicou o físico Erhan Saglamyurek.
"Nós desenvolvemos uma nova maneira de armazenar pulsos de luz no nível de fóton único em nuvens de átomos de rubídio ultrafrias e, mais tarde, recuperá-los, sob demanda, disparando um pulso de luz de controle," detalhou a professora Lindsay LeBlanc.
As memórias quânticas são um componente essencial dos computadores e das redes quânticas, assim como as memórias RAM e os discos rígidos o são para os computadores de hoje.
Com as aplicações práticas da computação quântica já chegando às redes de fibras ópticas, armazenar dados quânticos de forma eficiente é cada vez mais urgente para darmos o salto para uma internet quântica e outros métodos de comunicação segura.
Escalabilidade quântica
Embora ainda esteja limitada ao ambiente criogênico, como a maioria das tecnologias quânticas, a grande vantagem da nova técnica é a sua escalabilidade, que permite que ela possa ser desenvolvida para aparatos em maior escala, diz a equipe.
O método, que é mais adequado para aplicações que requerem alta velocidade de operação, também possui requisitos técnicos consideravelmente menores do que os requeridos em técnicas comuns de armazenamento quântico.
"A quantidade de energia necessária, por exemplo, é significativamente menor que as opções atuais, e esses requisitos menores facilitam a implementação em outros laboratórios," disse Saglamyurek.