Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/04/2025
Supernova perto da Terra
Astrônomos descobriram um sistema estelar binário muito compacto mas de massa muito elevada, por si só muito raro, mas que neste caso, tem algo de ainda mais especial: Ele está a apenas 150 anos-luz de distância da Terra.
As duas estrelas estão espiralando rumo a uma colisão, quando então explodirão como uma supernova do tipo 1a, aparecendo 10 vezes mais brilhantes que a Lua no céu noturno.
As supernovas do tipo 1a são uma classe especial de explosão cósmica, usadas como referências para medir distâncias entre a Terra e suas galáxias hospedeiras. Elas podem ocorrer quando uma anã branca (o núcleo denso remanescente de uma estrela) acumula massa demais, ficando incapaz de suportar sua própria gravidade, e então explode.
Contudo, há tempos os astrônomos preveem teoricamente que duas anãs brancas, uma em órbita da outra, são a causa da maioria das explosões de supernovas do tipo 1a. Quando em uma órbita próxima, a anã branca mais pesada do par gradualmente arranca material da sua parceira, o que a levaria à explosão - na verdade, é possível que ambas explodam.
Esta descoberta não só encontrou um sistema desse tipo pela primeira vez, mas também encontrou um par compacto de anãs brancas bem na nossa vizinhança na Via Láctea.
Vai demorar
O novo sistema binário é o de maior massa do seu tipo já confirmado, com uma massa combinada de 1,56 vez a do Sol. Isso significa que, não importa o que aconteça, as duas estrelas estão destinadas a explodir.
Calcula-se que uma explosão de supernova tão próxima ameaçaria a vida na Terra, mas felizmente não há motivos para preocupações: Quando este par agora descoberto finalmente explodir, já não haverá mais vida na Terra, e talvez nem mesmo Terra, porque nosso próprio Sol já terá inchado como uma imensa gigante vermelha.
Pelos cálculos da equipe, a explosão só ocorrerá daqui a 23 bilhões de anos. Hoje, as anãs brancas estão girando em espiral uma em torno da outra a cada 14 horas. Ao longo de bilhões de anos, a radiação de ondas gravitacionais fará com que elas continuem a espiralar cada vez mais rápido, até se moverem tão rápido que completarão uma órbita em algo em torno de 30 a 40 segundos, quando então se transformarão em uma supernova.
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