Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/01/2012
Datacenter de pesquisa
Um supercomputador em Recife armazenará os dados da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), responsável pelo tráfego de informações de 600 instituições de ensino no país.
A máquina conta com 1.200 processadores que, juntos, são capazes de analisar 4 petabytes de dados - ou a capacidade de 850 mil discos de DVD.
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi escolhida para abrigar o equipamento de computação em nuvem, que deverá desembarcar na cidade até abril.
"O Nordeste concentra 27% da população brasileira e apenas 13% do PIB [produto interno bruto] e nossa intenção é a de diminuir desigualdades", justificou o ministro Aloizio Mercadante sobre a escolha da UFPE para abrigar o equipamento.
Será o maior datacenter da América Latina voltado exclusivamente para a pesquisa e a educação e um dos cinco maiores do Brasil.
Computação em nuvem
A computação em nuvem é uma tendência mundial e consiste no armazenamento de dados na internet em vez dos tradicionais discos rígidos físicos. Entre outras vantagens, o usuário pode ter acesso aos seus arquivos em qualquer lugar do mundo.
Um acordo entre o governo federal e a fabricante de componentes eletrônicos Huawei, firmado pela presidenta Dilma Rousseff em abril do ano passado, prevê a doação de equipamentos com grande capacidade de armazenamento de dados.
Eles vão formar duas grandes centrais de processamento no Brasil. Além do Recife, a cidade de Manaus foi contemplada.
"A computação em nuvem é uma das fronteiras de inovação e de avanço da tecnologia de massa. Isso é fundamental para os consumidores e para o interesse das empresas que utilizam a internet. Mas é, também, uma área muito promissora de pesquisa, de inovação e de desafios tecnológicos", afirmou Mercadante.