Com informações da Agência Brasil - 12/06/2018
Inspiração no MIT
A inovação deverá ser um dos principais focos dos cursos de engenharia no Brasil.
Para isso, o Conselho Nacional de Educação (CNE) está terminando a revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia. O novo marco regulatório deverá ser aprovado na próxima reunião do Conselho, em julho.
A referência usada é o arranjo curricular de instituições internacionais, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
"Inovação é um fator essencial do trabalho do engenheiro. É preciso um compromisso dos cursos com processo inovativo industrial, ampliação, modernização e sofisticação da indústria. [É preciso] aproximar dos desafios da produção, aproximar dos desafios da infraestrutura", disse Luiz Roberto Curi, do CNE.
As diretrizes serão válidas para todos os cursos de engenharia. Elas servem de parâmetro para os currículos de cada uma das instituições de ensino. As diretrizes vigentes foram instituídas em 2001. Depois disso tiveram algumas pequenas atualizações.
A discussão está sendo feita há mais de um ano e meio e envolveu pela primeira vez a indústria, representada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).
De estudantes a engenheiros
A intenção da revisão curricular dos cursos de Engenharia é tornar os cursos mais dinâmicos. Os estudantes terão, por exemplo, acesso a conteúdos de design, de mercado e de materiais, questões que os ajudarão na prática da profissão. Terão mais ênfase também atividades de pesquisa e extensão.
Segundo o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Barone, as diretrizes também deverão tornar os cursos mais atrativos - há casos em que apenas 8% dos estudantes que passaram no vestibular formam-se no fim do quinto ano de curso. "Vamos aproximar cursos do mercado de maneira que haja projetos que o curso desenvolva já ligados à atividade futura," disse ele.