Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/06/2015
Monitoramento do metabolismo
A ideia de um chip de identificação para ser implantado sob a pele nunca pegou, provavelmente por não oferecer benefícios práticos.
Mas que tal um chip que monitore sua saúde e avise-lhe pelo celular qualquer anormalidade?
A ideia da equipe da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, é atingir inicialmente um público que precise monitorar continuamente níveis de substâncias no corpo, como glicose ou colesterol.
A seguir, eles pretendem fornecer uma plataforma para liberação controlada de medicamentos no organismo.
"Este é o primeiro chip capaz de medir não apenas o pH e a temperatura, mas também moléculas relacionadas ao metabolismo, como glicose, lactato e colesterol, bem como medicamentos," explica Sandro Carrara, líder da equipe.
Chip da saúde
O chip, medindo um centímetro de comprimento, usa a mesma técnica das etiquetas RFID para transmitir seus dados e capturar energia do ambiente, o que evita o uso de baterias internas.
Contudo, o protótipo ainda usa uma bateria externa, colada sobre a pele por um adesivo, transmitindo sua energia para o chip por meio de uma bobina - portanto, sem fios.
O biochip funciona de maneira autônoma graças a um conjunto de sensores eletroquímicos que não dependem de enzimas para operar, o que os torna particularmente versáteis, podendo reagir a uma grande variedade de compostos por semanas.
O chip foi testado com sucesso em camundongos vivos, monitorando continuamente o nível de glicose e de paracetamol no corpo das cobaias.
Assim, se não encontrarem adeptos entre os humanos, os pesquisadores acreditam que sua tecnologia poderá ser útil nos laboratórios, permitindo o monitoramento das cobaias de forma menos invasiva e mais precisa, o que é essencial no desenvolvimento de novos medicamentos.